A inteligência artificial (IA) está revolucionando o mercado de trabalho e acelerando a digitalização das empresas ao otimizar processos e criar novas oportunidades de negócio. Em meio a essa transformação, a Oracle tem se destacado como um player fundamental, oferecendo soluções inovadoras que não só incorporam IA, mas também ajudam empresas a se adaptarem rapidamente a essa nova era digital.
Isso porque a estratégia da Oracle é dividida em três camadas principais: SaaS (Software as a Service), plataforma e infraestrutura.
Desde 2016, a Oracle incorpora inteligência artificial em suas aplicações SaaS. Recentemente, a empresa avançou para integrar IA generativa, utilizando tecnologias que permitem melhorar a performance dos dados dos clientes. Isso facilita a aplicação prática e personalizada da IA nos negócios.
A Oracle oferece também uma plataforma robusta com funcionalidades como reconhecimento de texto e imagem, além de assistentes digitais. “Temos uma tecnologia que faz o match dos dados dos clientes para ganho de performance”, destaca Leandro Vieira, VP para empresas High Tech da Oracle para América Latina. “Empresas podem usar esses serviços para desenvolver soluções específicas ou consumir APIs para integrar IA em seus sistemas existentes. A flexibilidade da plataforma permite que os clientes treinem modelos com informações públicas e os adaptem para usos específicos”, diz.
E, com a parceria estabelecida com a NVIDIA entre 2022 e 2023, a Oracle reforçou sua capacidade de fornecer uma infraestrutura potente para suportar aplicações avançadas de IA e, junto com isso, aproximar os times de engenharia.
Impacto da IA no mercado de trabalho
“Antigamente, nos anos 90, a gente tinha o malote e o fax, que hoje não existem mais. Quando a internet surgiu, ninguém sabia exatamente qual seria a aplicabilidade dela”, afirma Vieira. Segundo ele, a verdadeira revolução não está na tecnologia em si, mas na aplicabilidade que se dá a ela. “Com a IA é a mesma coisa: não é a IA que vai gerar os benefícios operacionais, mas a aplicabilidade que se dá a ela”, enfatiza.
O executivo destaca ainda que a automação e a IA trazem desafios significativos para os trabalhadores, mas também inúmeras oportunidades. Vieira enfatiza a importância de ter uma mente curiosa: “O que eu posso dar como diretrizes é ter a cabeça aberta, esse é o primeiro ponto. Não adianta ser uma pessoa negativista, porque você fica menos adaptável à mudança”, aconselha. A capacitação contínua é crucial para se adaptar às mudanças rápidas do mercado. Por meio de programas de treinamento, é possível preparar profissionais para enfrentar esses desafios e aproveitar as oportunidades que surgem.
Nos próximos 5 a 10 anos, setores como atendimento ao cliente, por exemplo, estão prontos para serem profundamente transformados pela IA. “A área de atendimento é uma área que tem muita aderência, porque é algo meio padronizado, já com uma biblioteca interna de caminhos e soluções”, explica Leandro. A padronização e a existência de bibliotecas internas de soluções fazem do atendimento um campo fértil para a digitalização e otimização por meio de IA. “A Oracle vê a tecnologia como um meio para guiar as empresas em suas jornadas digitais, adaptando-se às necessidades específicas de cada setor”, conclui.
Regulamentação da IA e políticas públicas
Exemplificando com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), Vieira destaca a importância de uma regulamentação equilibrada e reforça que é essencial proteger dados sem sufocar a inovação. “Se essa regulamentação for muito restritiva, o nosso capital intelectual vai embora daqui”, alerta Leandro. A Oracle se prepara para possíveis regulamentações restritivas com investimentos em infraestrutura local, como centros de computação no Brasil, para garantir conformidade e eficiência. “Estamos trazendo uma capacidade de computação local no Brasil pois acreditamos que, caso haja algum tipo de regulamentação que restringe as fronteiras dos dados, precisamos estar prontos para isso”, completa.
Comprometida em ajudar seus clientes e a comunidade a se prepararem para um futuro dominado pela IA, a Oracle oferece programas de capacitação que visam desenvolver habilidades essenciais para o novo mercado de trabalho, enfatizando a importância da curiosidade e da constante busca por conhecimento. “Curiosidade é a capacidade que a gente tem que desenvolver, porque tudo tá mudando muito rápido e de maneira muito acelerada”, garante Vieira.
Casos de uso de IA da Oracle
Um exemplo prático do impacto das soluções de IA da Oracle é a parceria com a Bosch. A empresa implementou o Oracle Digital Assistant para criar o chatbot Beto, possibilitando a experiência por meio de recursos automatizados e omnichannel. O Beto, que já atendeu mais de 40 mil clientes desde sua implementação, opera tanto por texto quanto por voz em português e pode transferir a conversa para um agente humano quando necessário, integrado com o Oracle B2C Services.
Outro caso importante é o da Telefónica, uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo, que utilizou o Oracle Field Service para otimizar seus processos durante a pandemia. Com o serviço e as funcionalidades, o tempo necessário para agendar os atendimentos caiu cerca de 60% com o Oracle Field Service. Além disso, o número de categorias de agendamento foi reduzido em 70%, aumentando a eficiência operacional. A Oracle também ajudou a Telefónica a aumentar a autonomia dos técnicos em campo, permitindo que organizassem suas próprias agendas.
Por fim, o uso de inteligência artificial está transformando diversos setores, especialmente o da saúde. Durante a pandemia, a Hapvida desenvolveu um modelo de IA com as plataformas Oracle para aprimorar diagnósticos médicos. Esse modelo ajudou a apoiar os médicos com relatórios preliminares detalhando a urgência de cada caso e indicando as instalações disponíveis. “Foi possível prever, por exemplo, a probabilidade de um paciente ser re-hospitalizado em 30/60 dias, com 90% de assertividade nas probabilidades geradas”, conclui Vieira.
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