Fui para o Congresso Abvcap e fiquei chocado.
Uma série de motivos:
- estive lado a lado de toda aquela gente brasileira e estrangeira que mexe com dinheiro grande e me senti um deles – apesar de estar a vários quilômetros financeiros de distância;
- entrei e desfrutei do evento – que tinha ingressos entre R$ 1.790,00 e R$ 3.200,00 – sem me identificar para ninguém. Ainda bem que não tinha nenhum Wellington perambulando por lá, ou a indústria de investimento ia se reduzir à metade;
- não tinha “pastinha da programação” suficiente para todos nem agenda exposta para visualização (nada de desperdiçar), então…
- … boa parte da turma ficava mesmo conversando no corredor e nos estandes (sim, tinha isso);
- as poucas empresas que fizeram pitch pedindo investimento tinham em média 15 anos de atividade e vários milhões de faturamento;
- quase tudo que havia lá girava em torno de: 1) “dinheiro gera dinheiro”; 2) confiabilidade (reprodução do passado); 3) segurança (como se risco não fosse a bola do jogo);  4) dificuldades (como se ganhar dinheiro com o trabalho dos outros tivesse de ser mais fácil ainda);
- apesar de tantas empresas de investimento falarem em futuro, próximo passo no desenvolvimento, inovação, novos mercados,
- as poucas empresas que fizeram pitch pedindo investimento tinham em média 15 anos de atividade e vários milhões de faturamento;
Durante dois dias, investidores nacionais e estrangeiros estiveram reunidos em São Paulo para debater perspectivas de investimentos em longo prazo, como caminho para crescimento sustentado. Era o evento anual da Associação Brasileira de Private Equity Venture Capital.