A Nvidia, uma das maiores fabricantes de chips do mundo, criticou um possível plano da administração Biden de impor novas restrições à exportação de chips de inteligência artificial (IA). Segundo a empresa, a decisão não deveria ser tomada nos últimos dias do governo Biden e deveria ser deixada para o próximo presidente, Donald Trump, que assume o cargo em 20 de janeiro.
“Encorajamos o presidente Biden a não preemptar o presidente Trump com uma política que prejudicará a economia dos EUA, atrasará o país e beneficiará adversários americanos”, afirmou Ned Finkle, vice-presidente da Nvidia, em comunicado.
Medida criticada pela Nvidia pode bloquear concorrentes do setor de chips de fora dos EUA
O plano, segundo detalhes divulgados pela Reuters e pela Bloomberg, inclui restrições à exportação global de chips de IA, com o objetivo de impedir que a tecnologia amplifique as capacidades militares da China. A medida pode bloquear totalmente adversários dos EUA de importar os chips, enquanto impõe limites ao poder computacional enviado para outros países.
A companhia argumenta que as restrições seriam apresentadas como uma medida contra a China, mas que o impacto seria global, prejudicando o mercado internacional e empurrando o setor para tecnologias alternativas. “Essa política de última hora será criticada pela indústria dos EUA e pela comunidade global”, declarou Finkle.
Além da Nvidia, o Information Technology Industry Council, que representa gigantes como Amazon, Microsoft e Meta, também se opõe à proposta. A entidade alerta que as restrições podem impor limites arbitrários à capacidade das empresas americanas de vender sistemas de computação no exterior, cedendo espaço de mercado para concorrentes estrangeiros.
Durante seu primeiro mandato, Donald Trump também implementou restrições à venda de tecnologia americana à China, citando preocupações de segurança nacional. A continuidade ou mudanças nessas políticas será uma das pautas do segundo mandato do presidente eleito.
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