O lado negativo das compras na internet todo mundo conhece: a demora da entrega e algumas vezes até o não recebimento do produto que causam muita frustração. Uma startup quer diminuir o transtorno com um novo meio de pagamento no qual você só paga quando o produto chega na sua casa. Marcos Cavagnoli, CEO da Koin, diz que não há nada parecido na América Latina.
“A gente não fala que é uma startup, a gente fala que é uma empresa iniciante. Pegamos uma equipe muito boa de mercado. O modelo contra fraude foi feito de uma forma muito estruturada e envolveu quase dois anos de desenvolvimento”, diz Cavagnoli sobre o início da empresa.
O CEO também afirma que a inovação da plataforma facilita a vida tanto de lojistas como de consumidores. “O consumidor não correrá mais o risco de pagar e não receber a mercadoria ou esta estar errada, por exemplo. Já o lojista, não precisará mais se preocupar com a fraude e a inadimplência, pois a Koin assume todos esses riscos da operação. Além disso, a Koin oferece à loja virtual todo o suporte técnico/operacional necessários e aparatos de segurança, que outros meios de pagamento não disponibilizam atualmente”, diz.
O empreendedor diz que a motivação era fazer uma empresa focada no empreendedor. A pessoa compra online na sua loja favorita e quando chegar o produto recebe um boleto de pagamento junto e pode pagar. Cavagnoli conta que recebeu investimento de R$ 5 milhões de um grande investidor brasileiro e também anuncia que a Koin já negocia com um grande varejista que irá aceitar o novo meio de pagamento.
O potencial grande problema desse novo modelo seria a inadimplência, já que é o próprio meio que garante o pagamento para as empresas. Mas Cavagnoli diz que é esse justamente o ponto forte da Koin. “Na questão da inadimplência nós nos preparamos com uma tremenda inteligência de fraude que analisa uma série de fatores para saber se aquela pessoa em questão é ou não um fraudador”, diz.
Três lojas ativas já usam a Koin, mas a empresa já assina novos convênios, segundo Cavagnoli. Ele diz que estão com convênios com plataformas de produtos de beleza feminino, roupa, varejista e eletroeletrônico. A meta da empresa é chegar ao fim de abril com 15, 20 empresas e no fim do ano com mil lojas associados. Agressivo? Sim, o CEO diz que o meio é inovador e feito sob medida para a clientela brasileira, por isso acha que atrairá quantidade massiva de lojas em um curto espaço de tempo.