* Por Cris Madureira
Estamos vivenciando uma era onde organizações estão crescendo a um ritmo exponencial, impulsionadas pela globalização, pelas tecnologias exponenciais e pelo aumento da interconexão.
Estas empresas – como Amazon, Tesla, Netflix, TED, Uber, Google – não buscam apenas lucro e liderança e, sim, a disrupção do mundo como o conhecemos. Não é à toa que estão cada vez mais fazendo parte da nossa vida cotidiana.
Eu sempre me perguntei: “o que estas empresas têm em comum”?
E a resposta está na sequência dessas 3 letras: MTP
Mas afinal, o que isso significa? Essa sigla, que se origina do inglês, quer dizer Massive Transformative Purpose. Numa tradução bem direta quer dizer Propósito Transformador Massivo.
Propósito: Há um “porquê” claro que inspira a ação e unifica as pessoas.
Transformador: Pode causar uma transformação significativa em uma indústria, comunidade ou planeta
Massivo: Audaciosamente grande e aspiracional
Então o que seria um MTP ideal?
Primeiramente, ele precisa ser tão abrangente, ambicioso e definitivo que nem os concorrentes mais fortes irão criar um MTP capaz de superá-lo.
Um ótimo exemplo é o MTP do Google que é de “organizar todas as informações do mundo e torná-la universalmente acessível e útil”.
Outro ponto fundamental, é que ele deve inspirar a transformação de foco de assuntos internos para impactos externos positivos.
Deve, também, fornecer um “grito de guerra” que atraia as pessoas. Assim como o MTP da L’OREAL “juntos, criamos a beleza que move o mundo”. Gostei tanto que tive interesse em conhecer mais sobre a empresa, seus produtos e iniciativas ligadas ao seu MTP.
Uma característica fundamental é gerar significado e motivação, dois importantes pré-requisitos para o sucesso. Como é o caso do MTP da FCJ Venture Builder “conectar pessoas à abundância”, startup onde sou co-fundadora e diretora de expansão internacional.
E por último, o mais importante, que ele resolva um problema com o qual as pessoas se preocupam. Em outras palavras, o MTP deve tornar o trabalho significativo.
“Pessoas não compram o que você faz, elas compram o porquê você faz.”
– Simon Sinek
Além disso, quando se trata de comunicar o porquê a seus funcionários, clientes e o mundo, as palavras não importam tanto quanto as ações. É por isso que as empresas precisam encontrar maneiras de dar vida ao propósito, através de suas ações.
Pois o propósito de uma organização é muito importante, tanto para clientes quanto para funcionários, principalmente para os millennials, que já são a maioria no mercado de trabalho.
E não tenho dúvida que continuará a se tornar cada vez mais importante nos negócios. Por isso, empresas disruptivas focam nos dois, lucro e propósito.
Agora que já sabe o que todas estas empresas têm em comum e o que significa MTP, na próxima matéria irei falar sobre Moonshots.
Cris Madureira é cofundadora e diretora de expansão internacional da FCJ Venture Builder e várias outras iniciativas inovadoras. Ela também é mentora de startups na rede FCJ e comunidades globais, como a Purpose Alliance. Há 15 anos atuou com sucesso em consultoria estratégica para pequenas e médias empresas no Brasil e nos Estados Unidos, onde adquiriu e aprimorou competências conceituais e gerenciais. Suas habilidades, experiência em resolução de problemas e perfil inovador a levaram a se tornar uma mentora, investidora e empreendedora exponencial orientada por propósito.