Estouro da bolha: expressão amedrontadora, muito mais do que hiperatividade – que agora já adquire conotação tão positiva (e definidora de época) quanto nerd. Ato ou efeito de um padrão de negócios e investimentos não se sustentar. Falta de visão, desempenho ou perspectivas?
O mundo já viveu diversas crises, como a primeira bolha da Internet, em 2001. Todo crédito foi dado à novidade e às expectativas, que não estavam andando no mesmo passo da realidade comportamental e de negócios. Não foi a primeira crise localizada a espalhar seus efeitos pelo mundo todo, não é a primeira a ser superada aos poucos.
Neste ano, até Barack Obama, ao assumir a presidência dos Estados Unidos, disse que a esperança para o país vencer a crise estava depositada nos pequenos empreendimentos inovadores. Sorte que, tanto no Brasil quanto no exterior, as formas de incentivo à cultura digital e empreendedora está em voga, através de eventos de vários tipos.
A web 2.0 está vivendo seu momento rock n roll
Nos anos 50, Chuck Berry revolucionou a música popular e o padrão de comportamento dos jovens ao compor “Roll over Beethoven”; atualmente, jovens geeks reinventam formas de ser e estar, pertencer e participar.
Os líderes nas redes sociais, webservices e empreendimentos digitais em geral alcançam notoriedade parecida com a de artistas. Infra-estruturas de banco de dados e conectividade tornam-se tão importantes quanto parlamentos, estúdios olímpicos e festas populares. Aliás, as mídias socias são justamente a nova fábrica de celebridades emergentes.
Ótimo, isso mostra que a Internet está pronta para sair da adolescência cronológica. Mostra que toda a realidade engrenada pela rede das redes está amadurecendo, sendo consolidada. Temos provas de autênticas culturas digitais, conectadas, online.
A banda somos nós
Muito disso se deve à proliferação de eventos sobre Internet, redes sociais, cultura digital e afins. A coisa toda comprova que se sustenta porque envolve o mundo e promove seus engajadores. Só não entende disso quem não quer, só não cresce junto quem não ajuda a crescer. Os eventos corporativos, de empreendedorismo e de introdução à chamada web 2.0 estão ao nosso lado, na pauta do dia. Encontrar seus mentores e motores está se tornando tão possível e importante quanto encontrar lideranças políticas ou celebridades (pessoas célebres por suas realizações).
Talvez não encontremos mais gênios da música clássica como Beethoven ou do rock n roll como Chuck Berry. Mesmo assim, ainda podemos roll over, ou ao menos mouse over. Se tudo que é sustentável tem padrão de rede e se a rede somos nós, temos de sustentar nossas formas digitais de cultivarmos nossa evolução!