A Meta anunciou uma revisão ampla de suas políticas de conteúdo nos Estados Unidos, incluindo o fim do programa de checagem de fatos e a flexibilização de restrições sobre temas polêmicos, como imigração e identidade de gênero. A mudança ocorre a poucas semanas da conclusão da transição política no país, com a posse do segundo mandato de Donald Trump agendada para o próximo dia 20.
Mudanças nas políticas e novos líderes
Além de encerrar o programa de checagem de fatos, iniciado em 2016, a Meta implementará o sistema “Notas da Comunidade”, semelhante ao usado pelo X (antigo Twitter), para permitir que usuários adicionem contexto a postagens duvidosas. A moderação automatizada focará apenas em violações graves e conteúdo ilegal, como terrorismo e tráfico de drogas, enquanto denúncias de discurso de ódio e outros conteúdos sensíveis serão analisadas manualmente.
As mudanças na big tech também envolvem uma repaginada no quadro de liderança, com Joel Kaplan, de perfil republicano, assumindo como chefe de assuntos globais, e Dana White, CEO do UFC e aliado de Trump, entrando para o conselho de administração. “Queremos voltar às raízes da liberdade de expressão, aprendendo com erros e moderando menos, especialmente em tópicos políticos sensíveis”, afirmou Mark Zuckerberg, CEO da Meta.
Queda nas regras nos EUA contrastam com o cenário da Meta na UE
Por enquanto, as mudanças estão limitadas ao mercado dos EUA, enquanto na União Europeia, a big tech continua sob rigorosas regulamentações da Lei de Serviços Digitais (DSA), que exige a moderação de conteúdo ilegal e transparência nas práticas. A não conformidade pode resultar em multas de até 6% da receita global da empresa.
Com a introdução das Notas da Comunidade nos EUA, a Meta promete evoluir o sistema ao longo do ano, transferindo para os usuários a responsabilidade de adicionar contexto a postagens enganosas, em vez de depender de verificadores independentes. A decisão da big tech reforça sua busca por maior liberdade de expressão, mas levanta preocupações sobre os riscos de desinformação, especialmente em um cenário global cada vez mais vigilante em relação às redes sociais.
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