A base de assinantes dos serviços de TV paga cresceu 11,31% em 2013, alcançando 18,02 milhões de clientes. A Anatel utiliza um índice chamado “Densidade Dos Serviços de TV por Assinatura”, que utiliza dados do IBGE e estima que a TV paga chegue a 57,66 milhões de brasileiros.
Os dados ainda indicam que o serviço de TV por assinatura esteja presente em 28,42% dos domicílios do país. Na Região Sudeste, a TV paga chegou a 40,2% dos domicílios no final do ano passado; no Sul chegou a 28,77%, no Centro-Oeste a 26,39%; no Norte a 18,22%; e no Nordeste a 12,78%
O Distrito Federal lidera o ranking dos estados: 53,53% das casas têm o serviço de TV paga. No Piauí está o menor percentual, com 7,14% das residências com o serviço.
Da base de assinantes, 61,75% têm o serviço prestado via satélite, enquanto 38,12% têm via cabo.
A líder do mercado é a Net/Embratel com 53,61%; seguida pela Sky/DirecTV, com 29,81%, pela Oi, com 4,6%; pela GVT, com 3,76%; e pela Telefonica Vivo, com 3,3%
E o Netflix?
Os dados acima são um tanto quanto interessantes de serem confrontados com outros modelos. É no mínimo notável que, mesmo com o crescimento da internet no Brasil,e com o crescimento de outros modelos de streaming, como o Netflix, a TV paga cresça a tal ritmo.
Não há como comparar diretamente com os números do Netflix porque a empresa não divulga seus dados por país. Sabemos que o serviço tem mais de 40 milhões de usuários ao redor do mundo (31 milhões só nos EUA) e que o Brasil está entre “os cinco principais mercados” para a empresa. Em entrevista à Folha de São Paulo, o executivo-chefe de comunicação do Netflix avalia que não tem concorrentes diretos no Brasil e o crescimento da oferta de conteúdo aqui será proporcional ao crescimento da base de assinantes, que ele classifica como “estável”.
Todos os índices mostram que há crescimento para a produção de conteúdo audiovisual — seja pelos novos modelos, ou ainda mesmo pelos tradicionais, como a TV paga.