Como já comentamos em algumas matérias, o Mercado Livre deixou de ser apenas um marketplace e tornou-se uma plataforma com API aberta (conheça em developers.mercadolivre.com), que pode ser utilizada por quem quiser para fazer integrações e implementações diferenciadas. A empresa (criada em 1999 na Argentina) também tem alocado o MercadoLivre Commerce Fund, com 10 milhões de dólares , para ajudar desenvolvedores e empresas que precisem de ajuda financeira para tocar seu projeto.
O primeiro case de sucesso foi o site vertical Bebê Store; no entanto varejistas como Kanui, 21Diamonds, PetLove, Tricae, Webfones, Brasil Brokers, Grupo Sinal, entre outros.
Hoje, durante a II Mercado Livre Developers Conference, em São Paulo, a empresa anunciou que a aceleradora Wayra vai ajudar a selecionar projetos para utilizarem a API – e possivelmente o Commerce Fund. “Não queremos competir com outros fundos, não queremos exatamente ser uma empresa de venture capital. Preferimos até que outros fundos sejam os investidores. Mas estamos à disposição para que os projetos interessantes não deixem de existir por falta de condições”, posicionou Helisson Lemos, Vice Presidente e Country Manager do Mercado Livre. Além de ceder a API, o Mercado Livre também quer fornecer coaching, acesso a clientes e a beta testers.
Conversei com o Diretor de Tecnologia do Mercado Livre, Daniel Rabinovich. Ele entrou na empresa em março de 2000, quando a empresa ainda tinha 5 meses de vida, e foi responsável pela construção da maioria das funcionalidades oferecidas pelo site. Em 2009, ele estava em um evento no Vale do Silício e, junto com outros diretores, convenceu-se de que o caminho seria recriar a empresa do zero, na forma de uma plataforma na qual quem quisesse poderia ser responsável pela evolução das ferramentas. Hoje, 10% das transações de compra e venda feitas via Mercado Livre acontecem nas integrações em smartphones e telas móveis – graças ao trabalho dos parceiros que utilizam a API.
Confira a conversa de 26 minutos.