A Méliuz, empresa brasileira do setor financeiro digital, anunciou a intenção de expandir sua estratégia de investimento em bitcoin, visando estabelecer a criptomoeda como o principal ativo estratégico de sua tesouraria. A companhia convocou uma assembleia de acionistas para o dia 6 de maio, na qual será votada a inclusão formal do bitcoin nos objetivos corporativos da empresa.
A iniciativa representa um aprofundamento da estratégia iniciada anteriormente em 2025, quando a Méliuz adquiriu 45,72 bitcoins por aproximadamente US$ 4,1 milhões, a um preço médio de US$ 90.296,11 por unidade. Essa movimentação ocorreu após a aprovação do conselho de administração para alocar até 10% do caixa total da empresa em bitcoin, buscando retornos de longo prazo.
Além da aquisição inicial, a empresa estabeleceu um comitê estratégico de bitcoin, responsável por analisar a viabilidade da ampliação da estratégia, operacionalizar futuras compras e desenvolver diretrizes específicas de governança relacionadas ao investimento em criptomoedas.
Analistas do UBS BB observaram que, embora a diversificação em bitcoin seja relativamente nova entre empresas brasileiras, ela se alinha a uma tendência global crescente de companhias que buscam reservas alternativas de valor e potenciais retornos. No entanto, destacaram que tal estratégia pode introduzir maior volatilidade nos resultados financeiros da empresa.
A Méliuz também está avaliando formas de geração incremental de bitcoin para os acionistas, seja por meio da alocação de caixa, do fluxo de caixa operacional ou de outras iniciativas estratégicas. Para isso, a empresa considera possíveis alterações em seus documentos societários, políticas e procedimentos internos, incluindo estruturas e políticas de gerenciamento de riscos, com o objetivo de ampliar os limites para investimento em bitcoin.
Israel Salmen, presidente do conselho de administração e fundador da Méliuz, afirma: “Acreditamos que essa estratégia não apenas protegerá e fortalecerá a posição financeira do Méliuz, mas também tem o potencial de nos posicionar como pioneiros em uma transformação financeira que já está em curso globalmente”. Ele acrescenta: “Além disso, acreditamos também que tal estratégia é complementar à operação do Méliuz, que seguirá focada em crescer, gerar caixa e valor para nossos mais de 35 milhões de usuários”.
A proposta de tornar o bitcoin o principal ativo estratégico da tesouraria da Méliuz será submetida à aprovação dos acionistas na assembleia marcada para o próximo mês. A empresa estima ter definições sobre a estratégia em aproximadamente 45 a 60 dias, após a realização da reunião.
Essa movimentação da Méliuz reflete uma tendência mais ampla de empresas que buscam diversificar suas reservas financeiras e explorar novas formas de investimento, especialmente em ativos digitais como o bitcoin. A decisão final dependerá da aprovação dos acionistas e das análises conduzidas pelo comitê estratégico estabelecido pela empresa.
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