A Mandaê é uma startup ambiciosa. O objetivo deles é simplificar ao máximo o processo de enviar objetos a outras pessoas. Eles explicam: “Usando seu smartphone e o nosso aplicativo, basta tirar uma foto do item que quer enviar. Dentro de uma hora chegaremos até você para buscar o item, o empacotamos e enviamos. Você não precisa se preocupar em embalar, pesquisar todas as formas de envio ou ir até os Correios e esperar horas na fila!”.
O indivíduo ainda desembolsa apenas o valor que pagaria aos Correios, além de uma taxa de R$ 10. Qual a mágica? Basicamente, eles contam com transportadoras parceiras, que chegam a dar descontos de até 70% para eles. Assim, as transportadoras ganham novas encomendas; o cliente ganha comodidade, pagando o mesmo preço que pagaria aos Correios (além da taxa), e a Mandaê lucra com os descontos das transportadoras.
O negócio é ainda bastante novo. Eles estão funcionando com um MVP apenas na Grande São Paulo. Mesmo assim, o período foi suficiente para conquistarem 40 clientes (a maioria PMEs), que enviaram mais de 300 encomendas.
Quem nos conta tudo isso é Marcelo Fujimoto, co-fundador da startup, e que, junto com o outro co-fundador, Karim Hardane, que já havia trabalhado com logística em outra startup de e-commerce.
Ambos têm experiências interessantes. Hardane foi empreendedor residente e mentor na aceleradora 21212, além de diretor da Wimdu, em Londres, uma das empresas da Rocket Internet. Fujimoto foi investidor nos EUA, onde começou fazendo investimento banking na JPMorgan de Nova York, com foco justamente nas indústrias de transporte e logística.
A experiência de ambos aliada à proposta da Mandaê fez com que, em março deste ano, um mês antes de iniciarem as operações, os empreendedores captassem US$ 200 mil de investimento-semente da Kima Ventures, Hans Hickler, entre outros.
“Nosso objetivo com esse investimento inclui o desenvolvimento da tecnologia por trás do nosso serviço, mostrar tração e provar que nosso negócio pode ser viável. A intenção é levantar uma roda de de investimento Série A depois disso”, explica Fujimoto.
Para isso acontecer, eles têm alguns desafios. O primeiro deles é aprimorar a complexa tecnologia que roda por trás do serviço. Por enquanto, estão testando os sistemas para gerenciar a movimentação dos objetos.
Outro desafio é em relação à escalabilidade, devido ao custo dos colaboradores por trás da operação. “Apesar de estarmos apenas no começo, esse custo está abaixo do projetado. Continuaremos monitorando de perto essa variável e refinando o nosso sistema. Estamos felizes com os resultados obtidos até agora”, conta Fujimoto.
Esses desafios também servem como barreira de entrada. Já que a tecnologia é complexa, neste caso, sair na frente conta muito – e é nisso que a Mandaê aposta agora.
E nos problemas de entrega. Nesse caso, quem se responsabilizaria? Segundo Fujimoto, as transportadoras (mas, eles querem ajudar os clientes se resolverem com elas nesses casos). “Aberturas de reclamações com as transportadoras, pedido de reembolsos (se for necessário), etc. são feitos automaticamente por nosso sistema para que os nossos clientes não tenham que se preocupar com isso. E claro, o rastreamento e entrega dos objetos enviados poderão ser feitos no nosso aplicativo”, explica.
Para entender melhor sobre como funciona o serviço, resumido na imagem abaixo, basta acessar o site deles.