Nesta terça-feira (30), durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a primeira versão do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). O evento, realizado no Brasil 21, em Brasília, deu início a três dias de debates sobre o futuro da ciência e tecnologia no país, com o objetivo de criar uma nova estratégia nacional para 2030.
O PBIA, encomendado pelo presidente Lula em março e aprovado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), visa colocar o Brasil na vanguarda da Inteligência Artificial. Estruturado em cinco eixos principais: desenvolvimento de infraestrutura de IA, formação e capacitação, melhorias nos serviços públicos, inovação empresarial e regulamentação da IA, o plano prevê um investimento total de R$ 23,03 bilhões entre 2024 e 2028. Esses recursos virão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e de investimentos privados.
Durante seu discurso, Lula destacou a importância do plano como um marco para o país e criticou as grandes empresas de tecnologia pela forma como utilizam dados. “Estamos criando nossa própria inteligência artificial, sem depender de tecnologias estrangeiras”, afirmou o presidente. Ele também anunciou que apresentará o plano em uma reunião ministerial na próxima semana para discutir sua implementação.
O evento contou com a presença de importantes autoridades, como a ministra Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), o ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), a ministra Nísia Trindade (Saúde), o ministro Camilo Santana (Educação) e o ministro Marcos Antônio Amaro dos Santos (Gabinete de Segurança Institucional).
No Congresso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, está liderando um projeto para regulamentar a IA no Brasil, que está atualmente sob análise de uma comissão temporária, com o senador Eduardo Gomes (PL-TO) como relator.
A Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação continua até quinta-feira, com a missão de definir as ações do governo para o setor e construir uma estratégia que impulsione o Brasil até 2030.
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