Fundada em 2020 em Toronto, Ontário, a startup canadense LinkSports lançou um aplicativo destinado a democratizar o apoio financeiro a jovens talentos esportivos, inicialmente focando no futebol e com planos de expansão para outros esportes como basquete, futebol americano, críquete e hockey.
A essência da plataforma reside na combinação de uma abordagem baseada em inteligência artificial e um sistema de micro pagamentos que capacita fãs de futebol em doze países a investirem na carreira de jovens jogadores no Brasil. A proposta é simples: permitir que os fãs invistam diretamente nos atletas mais bem posicionados no ranking do aplicativo, proporcionando um suporte financeiro por meio de micropatrocínios.
O CEO e cofundador da LinkSports, Neissan Monadjem, destaca que a plataforma visa eliminar desigualdades no mundo esportivo, oferecendo oportunidades igualitárias para jovens de diversas origens. Segundo Monadjem, a plataforma não apenas proporciona uma chance ao sonho profissional, mas também ao acadêmico, oferecendo bolsas de estudo que transcendem o acesso a times profissionais limitados. “Os fãs investidores identificam para quem vai o recurso e a plataforma mostra no que o beneficiado usou o investimento, impedindo que seja qualquer item não esportivo, pois entregamos apenas gift cards da Nike, Centauro, Netshoes, Adidas etc.”, conta.
O processo de ranqueamento dos atletas se baseia em desafios físicos e técnicos realizados pelos jovens, seguido por avaliações dos algoritmos da LinkSports e de especialistas cadastrados na plataforma. Os fãs têm participação direta na escolha dos beneficiados, decidindo para quem direcionar seus micropatrocínios, com transparência sobre o uso dos recursos.
O sucesso da iniciativa já pode ser notado em histórias reais de jovens talentos. Um exemplo é Matheus, um zagueiro de 23 anos que, enquanto trabalha como gari em Araraquara, recebeu mais de R$2 mil em micropatrocínios desde que iniciou os desafios na plataforma.
Além do apoio financeiro direto, a LinkSports também busca apoiar os jovens atletas em suas carreiras, proporcionando acesso a treinamentos e serviços atléticos por meio da transação entre usuários, prevista para 2024. A empresa também planeja implementar um mercado secundário para negociação de NFTs e integração com tecnologias wearables, visando melhorar o acompanhamento e a valorização do “ativo” esportivo dos jogadores.
LinkSports supera desafios ligados aos esportes
Contudo, a jornada da LinkSports enfrenta desafios significativos, principalmente relacionados à inclusão de jovens atletas de diferentes origens socioeconômicas. A empresa está atenta a essas questões, buscando preencher lacunas e oferecer suporte não apenas financeiro, mas também estrutural e emocional aos atletas. “Atletas mais pobres não possuem conectividade [de internet] ideal, não possuem memória em seus celulares e não conseguem equipamento mínimo para fazer os desafios , como cones e bolas. Mas o que mais impacta não é o fator financeiro e sim sócio-familiar: não ter um pai como primeiro treinador e agente é um golpe quase insuperável. Estamos tentado preencher essa lacuna também”, conta.
Em termos de impacto social, a LinkSports está atenta ao potencial de acesso à educação e oportunidades acadêmicas para os atletas beneficiados. Reconhecem que o sonho acadêmico não é apenas dos atletas, mas também de suas famílias, e estão explorando maneiras de tornar isso uma realidade.
Com uma visão expansiva e compromisso com a inclusão, a LinkSports quer trilhar um caminho onde a tecnologia se funde com o esporte para proporcionar oportunidades equitativas aos talentos emergentes, redefinindo não apenas o futuro do esporte, mas também o acesso global a sonhos e possibilidades até então limitadas.
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