A Lead Energy prevê encerrar 2025 com resultados que reposicionam sua atuação no setor elétrico. A empresa, que conduz consumidores corporativos para o mercado livre e administra condições contratuais junto às distribuidoras, informou ter alcançado crescimento de 270% no faturamento bruto. O movimento ocorre após atingir R$ 100 milhões em contratos de energia renovável e captar R$ 2 milhões provenientes de duas fontes: financiamento do Desenvolve SP-FINEP e aporte de investidores ligados à rede Anjos do Brasil.
A operação acompanhou a evolução da plataforma interna usada na migração de clientes. O sistema concentra etapas que vão da venda ao pós-venda, incluindo ferramentas de indicação com recompensas e funcionalidades destinadas ao acompanhamento de fluxos de contratação. A empresa também estruturou um programa de afiliados que reúne mais de dois mil participantes responsáveis por apoiar consumidores interessados em reduzir gastos com eletricidade por meio do ambiente de livre negociação.
Raphael Ruffato, fundador e CEO, afirma que o período consolidou o modelo escolhido desde a criação da startup. Segundo ele, o aumento da receita, somado ao avanço institucional, demonstra que há espaço para ampliar o acesso a fontes sustentáveis no país. Ruffato diz que a expansão da carteira confirma a utilidade da proposta e reforça a confiança na possibilidade de levar energia de origem renovável para um número maior de usuários.
A startup implementou medidas direcionadas à governança ao longo do ano. A empresa contratou Alexandre Viana, da Envol, para colaborar no planejamento de longo prazo e instituiu um conselho consultivo composto por seis integrantes. Três deles atuam no setor elétrico: Daniel Faria Costa, Ricardo Lima e Solange David, com passagens por companhias de grande porte. Os outros três vêm de segmentos distintos: Diego Caravaca Alvarez, da Depyl Action, Ricardo Donner, da Nexo CS, e Italo Sabo, da ICS Advisory. O objetivo é combinar visões complementares para apoiar decisões estruturais.
No mesmo período, a Lead Energy avançou em iniciativas externas. A empresa firmou acordo com uma distribuidora para testar sua solução em um contexto que antecipa a abertura do mercado de baixa tensão. Também entrou para o grupo de 50 startups selecionadas pelo programa BNDES Garagem entre mais de 1.800 inscrições. Segundo Ruffato, a participação em agendas ligadas à COP30 contribuiu para ampliar o diálogo com representantes de diversos países e impulsionou a presença da empresa em debates sobre expansão da geração renovável.
A companhia projeta para 2026 um ciclo novo, marcado pela entrada no mercado voltado aos consumidores de baixa tensão. O segmento reúne salões, padarias, armazéns e pequenos comércios, que somam mais de sete milhões de unidades. A avaliação interna é que a abertura desse nicho pode elevar o volume de migrações e permitir que usuários de menor porte tenham acesso a contratos mais competitivos.
O plano para o próximo ano inclui ampliar ações de divulgação digital, fortalecer a rede de afiliados, aprimorar o sistema interno e adicionar serviços como auditoria e gestão de faturas. A empresa estuda ampliar o portfólio para que consumidores possam adquirir energia de forma simples, com processos digitais e acompanhamento contínuo.
Ruffato afirma que o esforço para colocar o usuário no centro da operação orienta a estratégia. Ele cita casos de Alemanha e Reino Unido, onde plataformas digitais estimulam modelos de contratação que reduzem custos e oferecem mais autonomia a consumidores de diferentes perfis. Para o executivo, iniciativas semelhantes podem ganhar escala no Brasil à medida que o mercado avança rumo a um ambiente mais aberto e com maior participação de fontes renováveis.
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