A ideia de aprender se divertindo é fundamental para cativar os alunos. Mas não poderia ser melhor para os professores que, com a plataforma em nuvem Kiduca, agora podem colocar seus conteúdos próprios da sala de aula em um game para que os estudantes joguem.
“Trata-se de uma plataforma educacional baseada em games e fundamentada em diretrizes educacionais brasileiras. A ideia é que o Kiduca seja um parceiro da escola: um aliado de professores e alunos em um formato que motive o aluno a estudar e aprender no processo educacional”, segundo me explicou o cofundador da startup, Jorge Proença.
O produto foi selecionado para o programa Startup Brasil com bolsa de R$ 192 mil, com aceleração pela Pipa. Antes disso, eles tiveram um processo de aceleração na Artemisia. “Mas não envolve equity, é apenas um apoio para o empreendedor, de mentoria e de contatos, sem aporte financeiro direto”, relatou Proença.
Além dele, que responde pela parte pedagógica e comercial da plataforma, o outro cofundador é Fabio Colombini, responsável pelo desenvolvimento do game.
O Kiduca funciona dentro da ideia de autoria criativa: tanto o professor quanto o aluno podem criar games simples, que funcionam como um link sobre o que foi falado em sala. Existe um relatório da primeira até a última jogada, algo que dá mais controle ao professor sobre o processo de aprendizado de cada aluno.
“O grande diferencial é que a nossa plataforma foi desenvolvida como um sistema, não atendendo uma necessidade ou outra da escola. Todas as atividades estão interligadas. Cada login e cada jogo que o aluno fizer, o professor pode orientar ele a melhorar o aprendizado”, detalha Proença. “Vários games de educação estão surgindo, mas eles estão isolados. O bprocesso de autoria criativa faz com que professor e aluno usem o game como plataforma de aprendizado. Criando os games, eles aprendem três vezes.”
Há 15 escolas públicas e sete escolas particulares usando o Kiduca – estamos falando de um universo de 5.500 alunos de 1ª a 5ª série no interior de São Paulo e em Belo Horizonte, com mais de 500 jogos feitos.
Por ser em nuvem, a plataforma roda em qualquer navegador, mas com vantagem para desktops, notebooks e tablets (no smartphone, a experiência é prejudicada pelo tamanho da tela). Ela também é econômica em banda larga, já que seus idealizadores pensam na educação na escola pública, cuja velocidade de conexão, por vezes, é muito baixa.