Valores sociais, cultura profissional e viabilidade econômica. Estas são as preocupações do historiador, antes jornalista musical e agora escritor Andrew Keen. Ele acredita que tudo isso vem sendo prejudicado pela “grande sedução” da Internet participativa e pelo “culto do nobre amador”, que aniquila estabilidade e referência com conteúdo inconfiável e oportunismo econômico.
“Polêmica de guerrilha”. Este poderia ser o nome da tática de Keen, que vem palestrando e debatendo sobre web 2.0 mundo afora – para divulgar seu livro “O culto do amador”. Nesta segunda-feira 14 de setembro, ele esteve em São Paulo e participou de um acalorado bate-papo mediado por Juliano Spyer.
Nos anos 90, o historiador Andrew Keen trabalhava como jornalista musical e tinha aberto uma startup de conteúdo online. Também estava empolgado com o admirável mundo novo do conteúdo ao alcance do mouse. Viveu dentro do que hoje considera um culto à tecnologia e se arrependeu. Em 2007, publicou um livro que foi lançado no Brasil com o título “O culto do amador: como blogs, MySpace, YouTube e a pirataria digital estão destruindo nossa economia, cultura e valores”.
Para divulgar seu livro, publicado no Brasil pela Jorge Zahar Editor, Keen esteve na Livraria da Vila, no bairro Jardins em São Paulo. Poucas dezenas de pessoas estiveram presentes, mas a discussão foi acalorada. Keen se esforçou para esclarecer que não é contra a Internet participativa (até pediu desculpas por alguns exageros e erros que escreveu) mas defendeu a necessidade de mais critérios para o desenvolvimento de startups – e para um uso responsável por parte dos usuários.
Confira a gravação em áudio.
Leia um trecho do livro em inglês (baixe a tela).