O Grupo Volkswagen ampliou seu investimento na startup americana Rivian em 16%, totalizando US$ 5,8 bilhões, quase R$ 34 bilhões na conversão atual, conforme anunciado nesta terça-feira. A joint venture entre as empresas, denominada Rivian e VW Group Technology LLC, terá foco na criação de arquitetura elétrica e tecnologia de software para veículos elétricos de ambas as marcas, segundo informações da Reuters.
A Rivian, que enfrenta desafios financeiros, busca capital para lançar seu novo modelo, o R2, um SUV mais acessível a ser fabricado em Normal, Illinois, com a produção planejada para 2026.
Essa parceria representa um apoio financeiro importante para a Rivian, especialmente em meio ao aumento dos custos de financiamento e uma demanda por veículos elétricos mais moderada. Segundo RJ Scaringe, CEO da Rivian, o acordo com a VW garantirá capital não só para o lançamento do R2, mas também para o desenvolvimento de uma segunda unidade na Geórgia.
Investimento estratégico para a Volkswagen e alívio para a Cariad
A Volkswagen destinou US$ 5,8 bilhões para a Rivian e a nova joint venture, com um compromisso inicial de US$ 1 bilhão em notas conversíveis, além de US$ 1,3 bilhão em propriedade intelectual e participação acionária. A controladora da Audi deve investir outros US$ 3,5 bilhões em ações e dívidas, todos vinculados a marcos específicos de progresso no projeto.
Essa parceria estratégica também pode aliviar as dificuldades da própria unidade de software da VW, a Cariad, que tem enfrentado atrasos e perdas financeiras. Os desenvolvimentos em arquitetura e software da Rivian, liderados por Wassym Bensaid e Carsten Helbing, podem fortalecer a VW na corrida por inovações em veículos elétricos, já que os novos modelos Scout Motors e Rivian R2 serão alguns dos primeiros a adotar essa tecnologia.
Nova estrutura e avanços de produção
Inicialmente, a equipe da joint venture operará em Palo Alto, Califórnia, com planos de expansão para outras três localidades. A previsão é que o primeiro modelo da Rivian, o R2, chegue ao mercado em 2026, enquanto modelos da Volkswagen possam ser lançados a partir de 2027. Com essa joint venture, a Volkswagen busca reforçar sua competitividade no setor de veículos elétricos, ao mesmo tempo em que enfrenta desafios como cortes de custo e negociação salarial para manter sua força de trabalho e sustentabilidade financeira.
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