O editor Spencer Ante publicou na editoria de Investimentos Tecnológicos da revista internacional de negócios BusinessWeek uma matéria provocativa para os brasileiros. Ele pergunta se seremos o próximo grande alvo de investimentos, a próxima China. Até as 14h desta segunda-feira, ninguém havia respondido no blog, ainda.
No texto, o editor associado da BusinessWeek analisa, para o mundo todo ver, o que está acontecendo com as startups brasileiras, os fatores relacionados e o que pode acontecer. Ele afirma que as empresas iniciantes, pequenas e inovadoras estão recebendo mais investimentos mas expõe preocupações de que juros altos e leis de trabalho severas podem retardar o lucro dos investidores. O artigo está embasado com dados e depoimentos impressionantes.
Números grandes e crescentes – Conforme a matéria, o presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), Luiz Figueiredo anunciou 3 dias antes, em Nova York, que investidores já haviam injetado US$ 28 bilhões em 500 companhias brasileiras, numa taxa composta de crescimento anual acima de 50% nos últimos 4 anos (em 2004, os investimentos somaram US$ 6 bilhões). Tudo bem que dos 28 bilhões, 12 ainda estão para ser investidos, já que (conforme publicado) o Brasil está financeiramente estável e cheio de inovação.
Recorde – O que os 150 investidores, executivos e tecnologistas presentes no evento (que foi organizado pela Brazilian-American Chamber of Commerce, BACC) ouviram de mais impressionante foram duas notícias daquele mesmo dia: a Bovespa sediou a maior abertura de capital do ano no mundo (uma IPO de US$ 4,3 bilhões da VisaNet) e a compra por US$ 142 milhões de 50% da holding brasileira PAP pela firma de private equity Advent International.
E agora – Como contraponto ao cenário favorável e às perspectivas positivas, a matéria cita preocupação do presidente da Associação Brasileira das Empresas de Software para Exportação (Brasscom), Antônio Carlos Rego Gil: a lei trabalhista é protecionista. Isto, aponta o artigo, pode continuar atrasando projetos. Entretanto, investidores como Elizabeth Clarkson, diretora do DFG DFJ, avisam que querem participar logo da virada brasileira, assim como fizeram na China.