* Por Adelmo Nunes
Além de uma boa ideia, o empreendedor que coloca sua startup no mercado precisa de inteligência. Porém, não estamos falando apenas de comportamento (que é muito importante, inclusive), mas daquela inteligência voltada ao negócio e que será determinante para que a empresa alavanque o seu business e consolide o seu potencial de crescimento.
Embora o número de companhias se multiplique todos os anos, uma pesquisa realizada pela Startup Farm mostra que 74% das startups brasileiras encerram suas atividades, após cinco anos de existência, e 18% delas sequer chegam ao segundo aniversário. A inteligência de negócios – business intelligence, em inglês, ou simplesmente BI – é um dos fatores determinantes para a sua sobrevivência.
Com milhares de ferramentas disponíveis, saber qual utilizar é o primeiro passo para garantir a otimização de tempo e recursos. De nada adianta ter um programa de controle e gestão de processos extremamente complexo, se a sua equipe não fizer uso dessa plataforma da maneira adequada.
No quesito comercial, a inteligência vai muito além do simples levantamento de informações. As ferramentas de análise auxiliam a busca por conexões entre várias fontes de dados para ajudá-lo a descobrir os motivos por trás de certas tendências e eventos. Mais do que insights, essas ferramentas fornecem análises preditivas – e até prescritivas –, para oferecer soluções viáveis que otimizam a operação dos negócios. Com as informações de dados em mãos, a tomada de decisão ganha elementos importantes para ser mais assertiva e com maior probabilidade de obter resultados bem-sucedidos.
Mapear as necessidades ajuda a direcionar esforços, investimentos e permite ao gestor da startup estar alinhado com as particularidades do seu negócio. Depois de identificar processos e possíveis gaps, é hora de nomear líderes do seu time para encabeçar a gestão da inovação. Quando um profissional veste a camisa desse novo processo, a transmissão de conhecimento se torna mais ativa e tem mais chances de impactar o time.
Grandes empresas utilizam essa inteligência para oferecer aos seus clientes um serviço personalizado e essa tendência já é realidade entre os principais players de consumo, como Netflix e Amazon. Utilizar as ferramentas certas ajuda a eliminar processos desgastantes, que atrasam as entregas do negócio, tiram o foco da equipe do core business e geram imprevistos que poderiam ser evitados. Com um time focado, as oportunidades crescem e os resultados são consequência dessa boa gestão.
Adelmo Nunes, contabilista, é diretor da Planned Soluções Empresariais.