No segundo dia do Web Summit Rio 2023, Inteligência Artificial é tema de diversos debates. Um deles foi composto por Daniela Braga, CEO e fundadora da Defined.ai; Fernando Machado, CMO da NotCo, e Brad Haynes, da Reuters.
Para Daniela, o momento atual é o mais relevante para a Inteligência Artificial até agora. “Nós estávamos vivendo uma primavera da IA, que durou quase 10 anos. Agora, é a vez do verão”, comenta. Para ela, o uso de IA tende a impactar, especialmente, o universo de marketing e propaganda, uma vez que geração de conteúdo é um dos principais – e mais polêmicos – usos que se dá para IA. “Embora seja possível criar música, imagens e uma infinidade de coisas com IA, é fundamental ter um ser humano no processo de criação”, diz.
Fernando aponta que na NotCo, empresa chilena de alimentos plant-based, o uso de Inteligência Artificial vai muito além da digitalização de processos e controle de dados. “Nós usamos IA para desenvolver produtos. Com essa tecnologia, não desenvolvemos apenas mais rápido que outras empresas, mas também conseguimos pensar produtos que não seriam possíveis antes.”
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Embora a IA esteja transformando o jogo para a NotCo, Fernando deixa claro que a tecnologia é uma ferramenta, não um fim. “Se não usar a tecnologia com a mentalidade de negócios no centro, não vai mudar muita coisa. A IA é uma ferramenta que vai te ajudar a transformar seus negócios, mas não substituir as pessoas. Hoje, somos a mesma quantidade de gente, mas conseguimos produzir mais e melhor. É importante colocar o business no centro dessas estratégias de implementação de tecnologia, sempre.”
Próximos passos da Inteligência Artificial
A CEO da Defined.ai aposta que, para os próximos meses, o foco de diversos setores será em IA conversacional. Em casos de uso de tecnologias desenvolvidas pela startup, estima-se que seja possível reduzir custos ao automatizar 80% das resoluções de suporte ao cliente através da tecnologia. E, a cada dia mais, a IA consegue compreender as falas humanas e até manter conversas. Para as marcas, o desafio vai ser personalizar esse atendimento com Inteligência Artificial, para que o cliente tenha uma boa experiência com esse atendimento ou contato.
Outro palestrante do Web Summit, também para falar sobre Inteligência Artificial, foi Alex Winetzki, CEO da Woopi, e diretor de P&D do Grupo Stefanini. “Nós [Stefanini] trabalhamos com Processamento de Linguagem Natural nos últimos 10 anos e estamos olhando para IA generativa por uma boa parte dos últimos 4 anos. Mas nós, como a maioria das pessoas, não achávamos que a tecnologia estava pronta, tínhamos perguntas. Quando o chatGPT foi lançado, percebenos ‘é isso, precisamos entrar nisso’. O que o ChatGPT é capaz de fazer, por exemplo, é incrível. É capaz de não só mudar os negócios, mas transformar a perspectiva da sua empresa em relação à tecnologia. O uso de IA tem poder de transformação em todos os aspectos”, afirma.
Para Fernando, que tem visto a NotCo apostar alto em Inteligência Artificial, todo esse universo ainda é território novo, mas estamos apenas no início. “Em poucos meses, a IA vai ser muito maior do que a gente imagina que ela poderia se tornar”, prevê.
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