A inovação aberta representa hoje um dos principais modos de desenvolver soluções para empreendimentos no mundo. O termo criado há 20 anos, que dá nome ao processo cooperativo entre empresas, virou marca de várias iniciativas em tecnologia aqui no Brasil. Em 2021, mais de 4 mil corporações se envolveram com startups em iniciativas desta natureza no país. Segundo a mesma pesquisa da 100 Open Startups, entre 2016 e 2020, o número dessas relações cresceu 20 vezes.
Pensando em otimizar o processo do match entre grandes corporações e startups, o BizHub, plataforma que conecta startups, corporates e investidores dentro de um único ecossistema digital, desenvolveu o B2All, inteligência artificial para fazer a conexão entre os negócios.
“Acreditamos que a inovação se faz junto e de maneira colaborativa. Por isso, nosso modelo de parceria com outros hubs, localizados em outros estados do Brasil e no mundo, permite que nosso ecossistema seja mais plural e diverso, abrindo oportunidades de mercado para todos os stakeholders”, explica Jaqueline Lamente, gerente de Inovação Aberta da A&M. Além da tecnologia, o hub ainda conta com mais de mil consultores para acompanhar a combinação.
Como funciona a inteligência artificial da B2All?
Hoje, o hub ligado à A&M – uma das maiores empresas em consultoria de negócios do mundo – conta com uma base de mais de 3 milhões de startups na sua rede de contatos. O algoritmo da plataforma é programado para gerar a melhor conexão possível, aprendendo constantemente sobre o perfil das startups e sobre os desafios emitidos pelas grandes corporações.
Para poder garantir a melhor conexão entre as empresas e as possíveis soluções tecnológicas, o hub desenvolveu uma metodologia própria, baseada em gamificação. A trilha, como é chamada, começa por um diagnóstico de maturidade de inovação das corporates. Após essa avaliação, a empresa é direcionada para a inserção dos desafios reais de mercado, uma etapa anterior ao matchmaking, em que coloca-se em perspectiva os problemas a serem solucionados. Por fim, o match é realizado em contato com as áreas de consultoria da A&M com a curadoria das startups.
Hoje, o BizHub recebe cerca de 35 desafios pela sua plataforma de inovação. Lançada em novembro de 2022, ela atende, principalmente, as áreas de Saúde e Bem-estar, Infraestrutura, Sustentabilidade, Cultura de Inovação, Mobilidade e Energia.
“Baseamos nosso modelo comercial no sucesso da proposta, ou seja, buscamos as melhores soluções e garantimos que temos boas, se não, as melhores startups para atender as corporates em seus desafios”, afirma Jaqueline. As mais recentes, estão relacionadas com energias renováveis e processos de estruturação e cultura de inovação corporativa.
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Case de sucesso
Um exemplo prático dessa inovação ocorreu em 2023, quando o BizHub, o Google e a startup Embeddo – uma das investidas pelo hub – desenvolveu um projeto piloto, o Mobility Connect para a Movida, empresa de aluguel de carros com a frota mais nova e moderna do Brasil. A iniciativa ocorreu em parceria com a SAT, empresa da locadora criada em 2022 e voltada para primarização com tecnologia e oferta de serviços de rastreamento, serviços conectados e assistência 24h.
O piloto reúne diversos serviços relacionados aos veículos, motoristas e a um ecossistema externo em uma só plataforma, com rotas personalizadas, rastreamento de CO2, comportamento na direção do motorista, qualificação de postos através dos abastecimentos, previsões de manutenção veicular dentre outras funcionalidades e aplicabilidades. O hardware coleta aproximadamente 200 variáveis, e poderá atender frotas próprias e terceirizadas. A solução trará valor ao otimizar serviços, possibilitando a redução de custos, aumento e criação de novas receitas e um novo posicionamento da marca como referência na área.
A fórmula do BizHub une a experiência agregada da A&M, com a capacidade da rede de conexões do hub para criar soluções mais eficientes. “Temos a expertise e o DNA de uma consultoria de mais de 20 anos de mercado atuando nas mais diversas verticais de mercado de maneira integrada e complementar”, explica Jaqueline. É essa dinâmica que permite gerar soluções inovadoras para grandes empresas, ao mesmo tempo em que abre espaço para novas corporações e startups de participação no mercado.
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