Por Bruna Galati
A Inteligência Artificial, um dos temas mais discutidos atualmente, ocupou um lugar de destaque no Congresso de Investimento Anjo, evento realizado em São Paulo e promovido pela Anjos do Brasil. Compondo o painel estavam Cezar Taurion, CSO da Redcore, Valter Wolf, Presidente da Associação Brasileira de Inteligência Artificial, Eduardo Zylberstain, cofundador e CEO da Kognita Lab e Rodrigo Helcer, cofundador da STILINGUE.
Para começar o debate, o mediador Paulo Costa, CEO do Cubo Itaú, perguntou aos convidados se eles achavam que Inteligência Artificial era um hype ou se veio para ficar. Cezar explicou que o hype recente em relação a IA não está relacionado à tecnologia em si – uma vez que ela existe desde a década de 50 – mas sim à sua interface com o usuário. “Pela primeira vez, qualquer pessoa pode usar IA. Essa mudança proporcionou uma transformação na experiência do consumidor e na forma como os algoritmos são usados.”
O CSO brincou que parece que as pessoas adormeceram na Idade Média e acordaram na era da tecnologia, porque estão impressionadas com a capacidade da Inteligência Artificial. No entanto, à medida que o entusiasmo inicial diminuir e a realidade se impor, a IA deixará de ser apenas um alarde e se firmará como uma tecnologia com aplicações práticas e reais. Essa revolução tecnológica promete melhorar a funcionalidade operacional das empresas, possibilitar a criação de novos modelos de negócios e redesenhar processos. “Eu tenho certeza de que quem prestar atenção na aplicabilidade da IA vai estar no caminho certo e ela veio para ficar.”
O cofundador da Stilingue, Rodrigo Helcer, destacou a importância dos empresários e executivos aproveitarem a presença da Inteligência Artificial para reavaliar e aprimorar os seus negócios e suas funções profissionais. Segundo ele, é crucial refletir sobre como essa nova tecnologia pode impactar o empreendimento tanto no presente quanto daqui a um ou dois anos, pois mudanças significativas estão por vir.
Ele ressaltou que é possível criar uma empresa que ofereça IA como produto, aprender a utilizá-la para fornecer serviços de IA, ou contratar uma empresa terceira para implementar tecnologia aos processos existentes na empresa, gerando ganhos de produtividade. Rodrigo frisou que a IA não se trata apenas de um hype momentâneo, mas sim de uma nova ferramenta de negócios que precisa ser encarada com seriedade.
Como é o caso da Stilingue, Plataforma multicanal para melhores experiências entre marcas e consumidores, que utiliza essa tecnologia desde 2014 para monitorar redes sociais e notícias, auxiliando na tomada de decisões empresariais. Por meio desse sistema, a empresa é capaz de avaliar, em tempo real, o que as pessoas estão falando de determinado assunto, analisar o que está sendo dito sobre a marca, antever possíveis problemas com o mercado ou com associações, identificar quem está impulsionando a discussão do tema, etc.
A partir de janeiro, a Stilingue desenvolveu uma nova solução para o atendimento de clientes, ao combinar sua tecnologia com a da OpenAI. Agora, a IA examina o histórico de conversas com os clientes e sugere opções de resposta para os atendentes, porém, a decisão final ainda cabe ao profissional. Essa integração permite uma maior agilidade e precisão nas interações, otimizando o processo de atendimento ao cliente.
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Como investidores devem avaliar startups de Inteligência Artificial?
Segundo Valter Wolf, presidente da ABRIA, vários setores do mercado no Brasil estão extremamente desenvolvidos e IA permeia por todos eles. De acordo com um relatório da Distrito, já existem mais de 700 empresas atuando com IA no país. No entanto, Wolf ressaltou a importância do investidor-anjo discernir entre startups que realmente possuem a IA no seu business core e aquelas que apenas afirmam utilizá-la.
É necessário analisar tecnicamente a startup e explorar as áreas de mercado com potencial para o desenvolvimento da IA no Brasil. Valter Wolf destaca os setores de Healthtech, Fintech, Greentech (energia sustentável) e Edtech (educação). Com essa avaliação, investidores e empreendedores podem aproveitar o potencial desse campo em constante evolução, impulsionando o progresso e a inovação do negócio.
“Inteligência Artificial é uma realidade concreta, já está presente em nosso cotidiano e no mercado. Este é o momento ideal para investir, pois as startups estão altamente engajadas e preocupadas em como aproveitar o potencial da IA. O crucial é identificar as oportunidades mais adequadas e investir agora”, completa Cezar Taurion.
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