Durante o evento Universo TOTVS, o consultor e professor da HSM, Reinaldo Nogueira, ministrou uma palestra sobre inovação e novos negócios, abordando temas essenciais para o atual cenário corporativo. Um dos pontos centrais da apresentação foi a necessidade de sensibilizar as pessoas para as mudanças constantes e os desafios da transformação digital.
Nogueira destacou a importância de entender a Transformação, Estratégica e Digital (TED) como um processo contínuo e fundamental para a sobrevivência das empresas no mercado. Ele ressaltou a relevância de se discutir o conceito de FOMO (Fear of Missing Out) e a captura da atenção, considerando que hoje o ser humano só tem cerca de três minutos de tempo de atenção antes de ser capturado por outra distração. Nesse contexto, a aplicação prática da inteligência digital dentro das empresas se torna desafiadora, especialmente na captura da atenção dos funcionários.
Segundo o consultor, quando ocorre uma interrupção, como uma “paradinha”, a mente demora cerca de 23 minutos para recuperar a consciência plena das atividades, o que pode resultar em entregas abaixo da qualidade. Nesse sentido, a aplicação eficaz da inteligência digital e a captura da atenção dos funcionários se tornam desafios a serem superados.
O professor também destacou a importância de se compreender os dois tipos de ciclos de mudança: disruptivo e de transição. Os ciclos de mudança disruptiva se referem a mudanças bruscas e impactantes no mercado ou na indústria, geralmente impulsionadas por avanços tecnológicos, inovações ou mudanças nas preferências dos consumidores. Já os ciclos de mudança de transição são mais graduais e previsíveis. Eles representam mudanças evolutivas ao longo do tempo, em que as empresas têm a oportunidade de se adaptar e se preparar para as transformações futuras. Nogueira ainda incentivou as empresas a reivindicarem a transformação em todos os aspectos, seja nas pessoas, nos produtos ou nos processos.
Outro ponto abordado foi a diferença entre inteligência competitiva, aquela que se aprende em casa, e a vantagem competitiva, que é levada para o mercado e proporciona uma percepção de marca. Nogueira enfatizou a importância de transformar toda inovação em vantagem competitiva, ressaltando que algumas inovações podem surgir antes de seu tempo, encontrando um mercado ainda não preparado para sua adoção.
Um exemplo clássico desse fenômeno são os carros elétricos. Que embora os primeiros protótipos de veículos elétricos tenham surgido 1974, foi apenas nas últimas décadas que eles começaram a ganhar destaque e popularidade no mercado automotivo.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de mortalidade de empresas no Brasil ainda é alta nos primeiros anos de atividade, o que reforça a necessidade de inovação e adaptação às mudanças do mercado. Além disso, a pesquisa Global Human Capital Trends, realizada pela Deloitte, aponta que 92% dos líderes empresariais consideram a reinvenção organizacional um desafio importante ou muito importante.
Para acompanhar essas mudanças e se manter competitiva, as empresas têm investido em novas tecnologias e processos, como inteligência artificial, internet das coisas e automação. Essas ferramentas não apenas aumentam a eficiência operacional, mas também permitem a criação de novos modelos de negócios e a entrega de valor aos clientes de maneira mais eficaz.
A inovação, portanto, não é apenas uma opção, mas uma necessidade para as empresas que desejam se destacar em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico. Como afirmou Nogueira em sua palestra, “Tudo muda muito rápido, fique atento aos ciclos de mudanças”, e estar atento a essas mudanças pode ser a chave para o sucesso no mundo dos negócios.
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