Tenho muitas coisas a contar sobre o que a startup Incube anda fazendo – tantas que resolvi seccionar uma boa conversa que tive com eles no QG da companhia (no bairro Higienópolis, em São Paulo) em três partes (essa é a primeira e as próximas serão publicadas nos próximos dias).
Para começar, a Incube é uma startup que começou a atuar no ano passado. Boas ideias foram proliferando e tomando forma e conteúdo próprios; uma delas é relacionada com pagamento móvel feito por meio do aplicativo Kiik.
Aqui cabe um parêntese: eu estou dando um salto temporal que será explicado no próximo texto; a tecnologia do aplicativo deu tão certo que, agora, eles me contaram com exclusividade que vão lançar o sistema em um restaurante badalado de São Paulo na próxima segunda-feira, dia 14 de outubro.
Eu vi a tecnologia em operação, e funciona assim: a conta chega para o cliente com um QR code único e impresso. Basta posicionar um leitor do código, que encaminha para o aplicativo.
O valor da conta aparece discriminado para pagamento (detalhe: se você estiver em uma mesa grande e precisar dividir o que foi consumido, tudo está descrito e as divisões são calculadas automaticamente), assim como os 10% do serviço (que, por uma barra de rolagem com o dedo, pode ter valor acrescido ou reduzido, conforme se desenrolou o atendimento). Isto feito, basta digitar o código CVV do cartão e pronto: o pagamento está consumado.
Essa novidade da InCube é um desdobramento natural, na realidade: vem de outra spin-off extremamente interessante que é gerida por lá (sobre a qual falaremos no próximo texto) e também do background do cofundador Fernando Blay, proprietário da Altecsis há oito anos. Trata-se de uma empresa de sistemas para gestão de restaurantes implementados em mais de mil estabelecimentos no Brasil – e cujas tarefas englobam pedidos por iOS, administração de estoque e de pedidos, dentre outras.
Além de Blay, são cofundadores da InCube Alex Barbirato (que fundou a NetTrade – primeiro NetBroker do país, vendido para a Patagon e o Santander), Sérgio Kulikovisky (criou a Certisign) e Eduardo Iguelka (ex-DM9DDB). A Incube está estruturada como um fundo de private equity fechado, e está sendo muito assediada por investidores, segundo eles me contaram – mas nada está decidido e pode rolar investimento com o capital dos sócios, apenas.
A startup nasceu de uma conversa entre os sócios, amigos há mais de 30 anos e empreendedores há outros tantos, durante um safári na Namíbia. Estavam a passeio, tirando fotos, uma grande paixão deles que, por consequência natural, levou à criação da primeira plataforma. Mas isso é outra história – e eu só vou contar a vocês dentro de alguns dias.