“Subversão amiga” foram os termos usados pelo ex-presidente do Banco Central (e um dos mentores do Plano Real), Gustavo Franco, para definir o ecossistema de startups no Brasil hoje, na 21212 Demo Day.
Isso porque, segundo ele, esse cenário de novíssimas pequenas empresas de tecnologia vem em encontro direto com o capitalismo “pela metade” desenvolvido no país – que se apoiou em investimento estatal e cujo ciclo envolvia uma pequena parcela de beneficiados por quem detinha o poder sobre as decisões desse investimento estatal.
Ele destacou, ainda, que existe uma corrente antagônica a esse modelo, que muitas coisas foram feitas, mas que – obviamente – há muito a se fazer. E indicou um grande ícone empreendedor: o Barão de Mauá, que, segundo ele, foi um dos primeiros empreendedores brasileiros e muito fez para combater esse modelo cindido de capitalismo.
Franco se demonstrou extremamente animado com o panorama de startups no Brasil. “Eu espero, sinceramente, que tudo dê certo. É um novo modelo de subversão, uma subversão amiga”, algo que, segundo ele, só fará bem ao país.
(Foto: Divulgação)