Para o governo do Rio Grande do Sul, a capital Porto Alegre está pronta para se tornar uma cidade inteligente do futuro. Com a ascensão das tecnologias digitais e o surgimento de novas soluções inovadoras, a transformação urbana está ao alcance. Durante participação no Gramado Summit 2024, o Secretário Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia Adjunto do Rio Grande do Sul, Raphael Ayub, delineou os caminhos para essa jornada e apontou que esses esforços visam não apenas criar uma infraestrutura tecnológica robusta, mas também promover uma transformação cultural e social por meio dos pilares de inclusão, transformação e conexão.
Ecossistemas de Inovação e Tecnologia no RS
“O estado do Rio Grande do Sul se destaca como um polo de empreendedorismo e inovação, classificando-se em quinto lugar no ranking nacional de mais startups. Com seus oito ecossistemas, cada um gerenciado por gestores de inovação e tecnologia, o estado impulsiona a colaboração entre a sociedade civil, o setor público, o privado e a academia”, comenta o secretário. Os programas da SICT, como Inova RS, Startup Lab, Tech Futuro, Tec4B, Produtos Premium, Educar Para Inovar, Conecta RS e Game RS, juntamente com parcerias estratégicas e o Observatório da Inovação, têm o objetivo de promover o desenvolvimento tecnológico e empresarial, criando um terreno fértil para a transformação digital das cidades.
Com um setor público em constante preparação para atender as demandas do ecossistema de inovação, a busca por cidades inteligentes não é apenas uma tendência, mas uma necessidade imperativa. Essas cidades promovem qualidade de vida, eficiência e sustentabilidade. Embora o setor público possa estar aquém do setor privado em termos de adoção de tecnologia, as govtechs podem acelerar essa transformação e melhorar serviços públicos, segurança, saúde, inovação, empregabilidade e interação com os cidadãos.
“Olhando para outras cidades ao redor do mundo, como Copenhague, Cingapura, São Paulo e Curitiba, vemos modelos a serem seguidos. Um caso de sucesso que merece destaque é o TGO Green Energy Gym, uma academia comunitária que converte exercícios físicos em eletricidade, demonstrando como a inovação pode ser integrada até mesmo nas atividades cotidianas”, comenta Raphael.
Cidades inteligentes não são futuro distante
E as estatísticas sobre o futuro do trabalho destacam a importância da adaptação e da resiliência. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, 65% das crianças que estão atualmente na escola se preparando para empregos que ainda não existem, e a previsão de que metade das atividades atuais serão automatizadas até 2065, mostrando quão essencial é investir em educação e requalificação contínua. Além disso, a economia verde apresenta oportunidades significativas, podendo gerar 24 milhões de novos empregos em todo o mundo até 2030.
À medida que o mercado de trabalho evolui, as habilidades socioemocionais, como pensamento crítico, flexibilidade, criatividade e resiliência, ganham destaque. É essencial que as políticas de educação e emprego se adaptem a essas mudanças, preparando os trabalhadores para os desafios do futuro. No Brasil, setores como software e TI, indústria da transformação, agricultura e saúde são identificados como áreas promissoras, destacando a importância de investir em capacitação e inovação nesses setores.
“Um dos principais desafios na jornada para uma cidade inteligente é a integração entre o setor público e o setor privado. As Govtechs surgem como uma ponte crucial, proporcionando soluções tecnológicas que atendam às necessidades do governo e dos cidadãos”, explica o secretário. Como mencionado por Raphael Ayub, essas startups governamentais têm um papel importante em conectar o conhecimento do setor público com a agilidade e a inovação do setor privado. Elas podem oferecer desde sistemas de gestão urbana até plataformas de participação cidadã, impulsionando a eficiência e a transparência da administração municipal.
Apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem superados. A educação, por exemplo, precisa se adaptar ao novo mercado de trabalho, preparando as crianças para os desafios da era digital. Além disso, é crucial garantir que a transformação digital seja inclusiva, beneficiando a todos os setores da sociedade, sem deixar ninguém para trás.
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