Em março deste ano, o Google Cloud anunciou uma série de novos recursos de inteligência artificial generativa para Google Cloud Platform e Google Workspace, oferecendo novas possibilidades para usuários de nuvem. Passando alguns meses, já é possível ver os avanços do uso dessas novas soluções em grandes empresas.
As atualizações foram mostradas durante um evento realizado na última sexta-feira (11) em São Paulo, que contou com a participação de parceiros como o Magazine Luiza e a Dasa.
No caso do Magalu, com a sua missão de digitalizar a experiência de compra no Brasil, a empresa se apoia na Lu, sua digital influencer que conta com mais de 31 milhões de seguidores nas redes sociais e é a influencer virtual mais popular do mundo.
Atualmente, a empresa está testando soluções de IA generativa de Google Cloud como Vertex AI – ambiente de organização de dados, treinamento e implementação de modelos de machine learning, DialogFlow – plataforma de desenvolvimento de chatbots para texto, voz e integrações, e Enterprise Search – parte do Gen APP Builder para configuração de bases de conhecimento estruturadas e desestruturadas de conteúdo.
O objetivo do uso dessas IAs é criar o projeto ‘Cérebro da Lu’, que por enquanto está em fase de teste e atende clientes que têm interesse em comprar smartphones através do chat. O objetivo no futuro é que o cérebro seja implementado em todos os canais que a Lu “conversa” com os clientes.
A inclusão de uma inteligência artificial generativa na Lu tem o potencial de revolucionar a interação com os clientes, trazendo uma experiência personalizada que pode interagir e responder de maneira eficaz, melhorando ainda mais o atendimento e a relação afetiva, que atualmente já existe entre o consumidor e a influencer virtual.
O varejo usa inteligência artificial desde a década de 50, mas é nos dias atuais que é possível ver a sua aplicação em grande escala. No caso do Magalu, a IA tem desempenhado um papel crucial em várias áreas, incluindo precificação automática de produtos, antifraude e gestão de riscos.
“A evolução constante da IA trouxe consigo uma nova onda de possibilidades, particularmente com a IA generativa. A capacidade de criar, otimizar e personalizar ambientes, imagens e até mesmo conteúdos tem impulsionado uma mudança significativa nas abordagens de negócios. No Magalu, a IA generativa já está usada para construir conteúdos de produtos e principalmente otimizar os buscadores”, explica André Fatala, VP de tecnlogia da Magalu.
Dasa utilizando IA nos seus produtos
A Dasa, rede de saúde integrada no Brasil, está criando ferramentas para melhorar a experiência do paciente e fornecer atendimento personalizado na sua rede de medicina diagnóstica, hospitais e gestão de cuidado.
A empresa está testando o PaLM 2 – modelo de linguagem com recursos multilíngues, de raciocínio e de geração de código e que se baseia em pesquisas inovadoras do Google em ML e IA responsável. O uso da IA irá auxiliar os médicos da rede a detectar achados relevantes nos resultados de exames e, na sequência, notificar o médico prescritor.
“Estamos tendo bons resultados com Med PaLM. Temos feito estudos com inteligência artificial generativa para, por exemplo, extrair automaticamente os CIDs, códigos de classificação de doenças de prontuários, queremos tentar identificar precocemente doenças com IA, além disso avaliar se as técnicas da medicina estão adequadas e sendo bem conduzidas. Tudo isso é pensando no bem-estar do nosso paciente”, explica Gustavo Corradi, médico e head de inteligência artificial na Dasa.
Para Gustavo, no curto prazo a inteligência artificial vai avançar muitos procedimentos burocráticos da medicina. Por exemplo, a montanha de informações presentes nos registros e dispositivos médicos, desde a UTI até os prontos-socorros, muitas vezes se perde em meio ao volume. No entanto, com essa tecnologia em ascensão, o desafio de filtrar e identificar as informações cruciais será mais fácil com tomadas de decisão mais embasadas, condutas mais precisas e a agilização do tempo entre diagnóstico e tratamento.
Esse cenário não só otimiza a eficácia dos tratamentos, como também reduz custos e aprimora a qualidade do atendimento médico. Considerando casos tão simples quanto uma prescrição de antibióticos até situações mais complexas de infecções pós-cirúrgicas, a IA se apresenta como um aliado na busca por um sistema de saúde mais eficiente e centrado no paciente.
“Por duas décadas, aproveitamos o poder da IA para organizar as informações do mundo e torná-las úteis para pessoas e empresas em todos os lugares. Com a nuvem de dados do Google, todas as organizações agora podem acessar a mesma tecnologia de IA que o Google usa. Nesta nova fase da IA generativa, esperamos resolver os desafios dos nossos clientes e alavancá-los a outro patamar de negócios”, finaliza o evento Fernanda Jolo, head de Customer Engineer, Data Analytics e AI do Google Cloud para a América Latina.
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Avanço da inteligência artificial de acordo com o Google
À medida que a inteligência artificial generativa se torna mais popular e acessível para a sociedade, os sistemas alimentados por grandes modelos de linguagem estão transformando a forma como as pessoas trabalham e criam. Embora, IA esteja no mercado desde a década de 50, a grande revolução aconteceu quando começou a simular o processo de aprendizado humano.
“IA agora é capaz de compreender dados em contextos complexos, gerando insights valiosos a partir de um volume crescente de informações. Isso inspira ecossistemas inteiros de desenvolvedores a iniciar novos negócios, imaginar novos produtos e transformar a forma como criam. Estamos n meio de uma mudança com IA que está tendo um efeito profundo em todos os setores”, afirma Marco Bravo, head do Google Cloud no Brasil, que acredita que o crescimento exponencial dos dados disponíveis no mundo tem sido um fator decisivo para esse avanço.
Enquanto a inteligência artificial evolui, surgem preocupações inerentes. Fernanda Jolo enfatiza a importância de definir princípios éticos sólidos para guiar o desenvolvimento da tecnologia. “Com a capacidade de aprendizado quase autônomo, é essencial estabelecer diretrizes para garantir que a IA não seja usada de maneira prejudicial. A tecnologia deve ser um reflexo dos princípios humanos e éticos para assegurar um uso responsável.”
Segundo os especialistas, os clientes e as empresas parceiras do Google estão demonstrando um interesse significativo em adotar métodos de IA, mas com a devida responsabilidade. O foco está em utilizar os recursos da tecnologia para treinar modelos com dados específicos e restringir seu escopo e evitar vieses. “Por conta disso, nossos clientes buscam o Google Cloud que inclui uma ampla gama de soluções abrangendo inteligência artificial, análise de dados, computação em nuvem e muito mais. Isso, combinado com a visão de ser open source e multi cloud, permite que os clientes integrem diferentes nuvens e fontes de dados”, completa Marco.
Google for Startups foca em IA
Na 12ª edição do Google for Startups Accelerator, dez startups foram selecionadas para ajudar empresas a enfrentarem seus principais desafios tecnológicos com Inteligência Artificial e uso da nuvem.
Das selecionadas para o programa, 80% contam com mulheres em cargos executivos e de liderança e 40% foram fundadas por pessoas negras. Além disso, duas delas já passaram por outras iniciativas do Google for Startups.
Conheça as selecionadas:
- Closecare: startup que automatiza a gestão de documentos médicos para a área de departamento pessoal;
- Deep: startup que identifica e mensura o impacto social e ambiental das atividades de empresas e organizações;
- HartB: startup de inteligência artificial especializada em Big Data, análise e cruzamento de dados;
- Huna: healthtech que através da inteligência artificial apoia na detecção precoce de doenças crônicas;
- Inicie: edutech focada em promover uma melhor educação, empregando tecnologia na metodologia;
- Linkana: plataforma de gestão de fornecedores compartilhada para empresas na América Latina;
- Money Money Invest: fintech de crédito cujo objetivo é acelerar pequenos e médios negócios por meio do crédito digital;
- Noh: carteira digital compartilhada para casais, amigos e famílias usarem seu dinheiro juntos;
- Quaddro: plataforma que integra ferramentas digitais que auxiliam na gestão de negócios;
- Stattus4: startup que emprega Inteligência Artificial para detectar precocemente vazamentos e inconsistências do consumo de água, visando a economia.
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