De olho no potencial do mercado de livros digitais, que já contabiliza 9,5 milhões de leitores, de acordo com a pesquisa ‘Retratos da Leitura no Brasil’, promovida pelo Instituto Pró-Livro e realizada pelo IBOPE Inteligência, o Fundo SC, gerido pela FIR Capital e BZPlan e focado no investimento em empresas inovadoras, acaba de fazer um aporte no Clube de Autores, empresa de autopublicação de livros, assumindo uma participação minoritária no negócio.
Fundado há quatro anos, o Clube de Autores ganhou notoriedade no mercado editorial brasileiro e estima que já represente 10% do total de livros publicados no Brasil. Atualmente, reúne 21 mil autores, 24 mil títulos e desde sua criação soma um total de 280 mil exemplares vendidos.
“Avaliamos que já era hora de buscarmos um investidor capaz de apoiar nosso plano de crescimento para os próximos anos. Este é um negócio altamente escalável e a chegada do Fundo Santa Catarina vem trazer o suporte necessário para levar a empresa para um novo patamar. Recentemente ampliamos nossos canais de vendas, incluindo uma parceria com o Google Play, e precisávamos de capital para acelerar nossa expansão no segmento de livros digitais e impressos”, assinala Indio Brasileiro, sócio-fundador do Clube de Autores.
“Os recursos serão direcionados para reforçar a estrutura tecnológica e de distribuição de livros. Seguiremos focados em ampliar a oferta de novos serviços não somente para nossos autores, mas também para os leitores”, acrescenta o diretor-presidente Ricardo Almeida.
As obras vendidas no Clube de Autores podem ser adquiridas em versão impressa ou digital, formato que vem conquistando cada vez mais adeptos. Para Marcelo Ferrari Wolowski, gestor do Fundo Santa Catarina e conselheiro da empresa, o Clube de Autores tem um grande potencial de crescimento, principalmente por conta da perspectiva de aumento da participação dos livros digitais no mercado editorial e da impressão em baixa escala.
“Enxergamos no Clube de Autores um player que está pronto para assumir liderança e uma grande fatia do mercado de livros no Brasil”, afirma Wolowski. “É uma empresa que vem apoiando fortemente o desenvolvimento do setor editorial no País ao ajudar a revelar novos autores independentes que não têm acesso às grandes editoras, mas que assinam obras merecedoras de reconhecimento por sua qualidade literária. Estamos confiantes de que, por seu pioneirismo e história de sucesso em poucos anos, o Clube de Autores irá se firmar, cada vez mais, como a maior plataforma de autopublicação da América Latina”, conclui.
Os sócios da FIR Capital são pioneiros em venture capital no Brasil, tendo um histórico de investimentos em companhias como a Akwan Technology, que foi vendida para o Google para acelerar seu ingresso no mercado brasileiro; a Miner Technology, vendida para o UOL; e a Biobrás S.A., vendida para a NovoNordisk. A FIR tem como um dos seus acionistas a DFJ – Draper Fischer Jurvetson, um dos maiores gestores de venture capital do mundo, com mais de US$ 5,5 bilhões em sua carteira de investimentos e cerca de 550 empresas investidas, entre elas gigantes como Hotmail, Skype, Baidu, DivX e Overture.
Já a BZPlan contabiliza um histórico de 10 anos apoiando empresas inovadoras e, recentemente, ingressou no mercado de Venture Capital através do Fundo SC que já investiu em outras quatro empresas.
