A FlowCredi, marketplace especializado em crédito com garantia de imóvel, levantou R$ 3,5 milhões em uma rodada pré-seed liderada pelos fundos Verve Capital e Norte Ventures. O aporte inaugura a fase de expansão da fintech, que quer tornar o home equity um produto amplamente acessível para quem busca reorganizar dívidas, investir, empreender, estudar ou financiar reformas.
A rodada também contou com investidores-anjo conhecidos no ecossistema de tecnologia brasileiro, como Patrick Sigrist (iFood e Nomad), Rafael Dutton (Movile), Leandro Abreu (QuintoAndar) e Gabriel Lacombe. Apesar dos nomes de peso, a FlowCredi reforça que o verdadeiro motor da operação é a expansão do crédito com garantia de imóvel como ferramenta de liquidez. “O home equity é o crédito mais eficiente do mercado. O desafio agora é torná-lo popular, compreensível e acessível”, afirma Bruno Gama, que assume o posto de CEO.
FlowCredi reduz etapas burocráticas
Fundada há menos de dois anos, a startup conecta consumidores a bancos e fundos especializados em crédito com garantia de imóvel, crédito imobiliário e crédito com garantia de automóvel. A proposta é reduzir etapas burocráticas e permitir que o usuário compare automaticamente taxas e condições em um único ambiente.
O modelo já demonstrou tração: a FlowCredi ultrapassou R$ 500 milhões em crédito aprovado em 2025 apenas no produto de home equity, se tornando um marketplace para clientes que buscam juros menores e prazos mais longos. “Grande parte das pessoas endividadas nunca ouviu falar em crédito com garantia de imóvel. Quando mostramos que é possível reduzir a parcela em até 85% ao substituir dívidas caras por CGI, o impacto é imediato”, diz Gama.
A empresa é liderada por um grupo de executivos com experiência robusta em crédito, imóveis e tecnologia. Os fundadores — Deivid Bastos, Rodrigo Gordinho, Mayle Vaz e Caio Alfano — atuaram na gestão da Credihome, adquirida pela Loft em 2021 em uma das maiores operações do setor.
A FlowCredi vê no Brasil uma janela semelhante à que impulsionou o financiamento imobiliário nas últimas duas décadas. Enquanto o crédito imobiliário saltou de R$ 5 bilhões para mais de R$ 230 bilhões anuais, o home equity — que deve fechar 2025 em R$ 11 bilhões — tem potencial, segundo a empresa, para chegar a R$ 500 bilhões com o avanço do novo Marco Legal das Garantias. A tese é acelerar essa curva com educação financeira, canais especializados e tecnologia própria.
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