A construção civil brasileira vive um momento de aquecimento e terminou 2024 com um crescimento de 4,1%, segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). De olho nesse mercado e na dificuldade que incorporadoras do setor encontram entre o início das obras e o financiamento federal por meio da Caixa, a real estate fintech Versi, nascida em Joinville (SC), especializou-se em funding e outras soluções para incorporadoras de pequeno e médio porte que atuam na construção civil, com foco em parcerias de longo prazo, com flexibilidade e um nível de relacionamento mais próximo.
A fintech nasceu com R$ 160 milhões de capital sob gestão provenientes dos acionistas da empresa e fez sua primeira captação em Certificados de Recebíveis Imobiliários, uma operação que encerrou em R$ 50 milhões. Para os próximos três anos, Ebran Theilacker, CEO da Versi, afirma que o objetivo é alcançar R$ 450 milhões sob gestão e ampliar o número de empreendimentos viabilizados. “Vamos captar mais R$ 100 milhões em 2025, atingindo o patamar de R$ 300 milhões de capital sob gestão. Hoje estamos com cerca de 60 empreendimentos e devemos chegar a, aproximadamente, 100 empreendimentos”, afirma o executivo.
Para alcançar a meta de alcançar os R$ 450 milhões, Theilacker conta que o plano é consolidar a Versi como o canal de serviços financeiros para incorporadoras do segmento econômico e, para isso, farão novas rodadas de captação com investidores para conseguir aumentar a oferta de funding para este mercado.
Fintech já atua em mais de 60 empreendimentos no Brasil
Atualmente, a startup tem R$200 milhões investidos em mais de 60 empreendimentos pelo Brasil, e já contabiliza milhares de residências viabilizadas em parceria com empresas do mercado imobiliário como a Longitude, incorporadora com sede em Indaiatuba (SP) que atua no segmento popular e já lançou 32 empreendimentos no Estado de São Paulo. A empresa conta com o funding da Versi em 24 edifícios — sete deles já entregues aos moradores — que representam 6,7 mil unidades residenciais no estado, com Valor Geral de Vendas (VGV) que chega a R$1,4 bilhões.
“O modelo que aplicamos com a Longitude é o mesmo utilizado com outras 16 incorporadoras parceiras. Nossa solução foi desenhada especificamente para apoiar incorporadoras nos desafios de captação de recursos, garantindo a sustentabilidade e o crescimento de seus negócios. O modelo replicável de funding da Versi foi implementado em mais de 20 empreendimentos da Longitude, permitindo um crescimento expressivo de 30% em 2023 e 20% em 2024. Esse avanço só foi possível graças ao suporte financeiro da Versi, que forneceu os recursos indispensáveis para a expansão”, conta o CEO.
Com contratos desde 2020, a Versi é uma das principais parceiras da empresa e já aportou R$68 milhões que viabilizaram empreendimentos que somam R$1,4 bilhões de VGV, tendo pela frente mais R$15 milhões para viabilizar mais R$300 milhões de VGV. Com esse incremento no fluxo de caixa viabilizando que mais empreendimentos saiam do papel, a incorporadora projeta fechar 2024 com um crescimento de 20% no faturamento, mantendo o ritmo alto após saltar 30% em 2023.
Os números refletem um bom momento do segmento como um todo, que projeta um 2025 aquecido com mais incentivos para o programa Minha Casa Minha Vida, que é o principal motor do segmento de moradias populares no Brasil. Paralelamente, a alta na taxa Selic afeta negativamente o mercado ao reduzir a captação de recursos via poupança, o que atinge a capacidade de financiamento e faz com que incorporadoras busquem alternativas que possibilitem projetos.
“Nosso principal objetivo em parcerias com incorporadoras como a Longitude vai além do funding. Buscamos estabelecer uma parceria de longa duração, completando ciclos de investimentos em vários empreendimentos e aprimorando as boas práticas de mercado. Hoje nós temos a possibilidade de acelerar projetos de diferentes tamanhos e prazos, impulsionando negócios e gerando impacto positivo no mercado imobiliário a partir de oportunidades que identificamos em um segmento em ampla expansão”, finaliza Theilacker.
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