A Estação Hack, centro do Facebook para apoio à inovação no Brasil, prevê capacitar cerca de 50 mil jovens brasileiros em 2020 em áreas como programação, desenvolvimento de aplicativos, inovação e futuro do trabalho. O número é quase o dobro do acumulado dos primeiros dois anos do centro, que já capacitou 26 mil pessoas desde 2018.
Além dos cursos presenciais, para aumentar o impacto e beneficiar mais jovens pelo país, em 2020 a Estação Hack passará a ter também treinamentos online e mais programas itinerantes.
“Aprendemos muito nos últimos dois anos. Vimos a tecnologia transformar as vidas dos jovens que passaram pela Estação Hack. Mas também percebemos que, mesmo com as salas das aulas de programação sempre cheias, não conseguíamos alcançar todos os jovens que queriam receber esse treinamento. É por isso que neste ano estamos levando oportunidade para mais pessoas e para outras regiões do país com cursos presenciais e online. Com estimadas 420 mil vagas de emprego sendo abertas para essas posições até 2024, nossa expectativa é que isso colabore para a empregabilidade do jovem brasileiro,” explica Eduardo Lopes, Diretor da Estação Hack.
Neste ano, serão lançados também dois programas voltados para capacitação de professores da rede pública de ensino, que receberão treinamento nas áreas de programação, futuro do trabalho e inovação. A ideia é que atuem como multiplicadores desse conhecimento nas salas de aula, e para isso terão acesso a mentoria e recursos como uma plataforma online.
Já o programa itinerante Estação Hack na Estrada oferecerá cursos de programação online e aulas presenciais em seis diferentes cidades: Campinas (SP), Vitória (ES), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), São Luís (MA) e Natal (RN). Alunos terão acesso aos conceitos principais de programação, dos códigos básicos de HTML e CSS a Javascript.
Programa de apoio a startups
O programa Estação Hack na Estrada levará também workshops e mentoria a startups de impacto social em cada uma dessas seis cidades. O esforço pretende movimentar o ecossistema regional, oferecendo para empreendedores locais apoio que inclui mentoria individual, suporte para modelagem do pitch de negócios e feedback com especialistas. Poderão participar startups de diferentes fases, desde aquelas em estágio inicial até às mais avançadas, que enfrentam desafios de crescimento, vendas e investimento.
Já no centro da Estação Hack em São Paulo, será oferecida uma residência anual gratuita para até 15 startups de impacto social. Os empreendedores terão acesso ainda a palestras e conteúdos exclusivos desenvolvidos pela a Artemisia, organização sem fins lucrativos pioneira na disseminação e no fomento de negócios de impacto social no Brasil.
Alunos e startups interessadas nos programas da Estação Hack para este ano podem encontrar mais informações no site.
Em 2020, o Facebook continuará trabalhando com parceiros que têm ampla experiência nas suas respectivas áreas. Para os cursos de tecnologia, os parceiros serão a Digital House, a MadCode/Cel.Lep e a Reprograma, e para os treinamentos nas áreas de empregabilidade, carreiras STEM e futuro do trabalho, será a Junior Achievement. No trabalho de apoio a startups de impacto, seguiremos em parceria com a Artemisia, organização que é referência no setor.
Dois anos de Estação Hack
Desde o início das atividades, em 2018, mais de 26 mil pessoas já foram beneficiadas com os treinamentos oferecidos pelo Facebook, sendo 12 mil pessoas capacitadas no primeiro ano e 14 mil no segundo.
Do total de alunos nos cursos de programação e inovação, cerca de 80% eram alunos atuais ou egressos do sistema público de ensino, e 35% eram mulheres. Como parte do esforço para aumentar a representatividade de mulheres nesta área, o Facebook trouxe para a Estação Hack a Reprograma, que oferece cursos de programação exclusivos para mulheres (cis e trans).
Ex-aluna de um destes cursos, Ingrid Pitta veio de Fortaleza para com o objetivo de migrar para a área de tecnologia. “Além de programar, fomos preparadas com informações sobre o mercado e como lidar com as dificuldades. Em dez dias eu já consegui um emprego na área,” conta.
Na frente de incentivo ao empreendedorismo e inovação, a Estação Hack desenvolveu com a Artemisia um programa de aceleração e residência de seis meses para startups de impacto social que beneficiou 40 startups. Ao longo do programa, as startups tiveram uma taxa média de crescimento de 58% e seus produtos e soluções impactaram mais de 3 milhões de pessoas durante os seis meses de aceleração. Em investimento, as startups captaram um total de mais de R$ 42 milhões desde o início do programa.
Lançado oficialmente em 2019, o programa itinerante Estação Hack na Estrada passou por dez cidades do país, apoiando 250 startups. “Participar do na Estrada foi de extrema importância para nós que não fazemos parte do eixo Rio-São Paulo, pois além de nos conectar com outras iniciativas de todo o Brasil, nos deu a oportunidade de vivenciar a residência na Estação Hack em São Paulo. Além de conquistar grandes parceiros, triplicamos nossos resultados ao longo da aceleração,” comenta Jussara Botelho, CEO da startup Sisterwave. A startup, que participou de ambos os programas, desenvolveu uma plataforma de hospedagem que conecta mulheres viajantes com anfitriãs locais a partir de afinidades.