A Dell Technologies realizou um estudo voltado a medir o grau de maturidade das empresas em relação à inovação. O levantamento, batizado de Innovation Index (Índice de Inovação), mostra que, no Brasil, apesar de 83% dos executivos classificarem suas organizações como inovadoras, pouco mais da metade deles (52%) teme que suas companhias tornem-se irrelevantes em três a cinco anos, com base no ritmo dos projetos e cultura de inovação.
Para produzir o Innovation Index, a Dell Technologies contou com o apoio da empresa de pesquisa de mercado Vanson Bourne, que entrevistou 6.600 líderes (Negócios e TI) em mais de 45 países, sendo 300 deles no Brasil. O objetivo foi identificar o quão crítica a inovação é para essas organizações e como as empresas estão estruturadas em termos de tecnologias, processos e pessoas para, a partir de uma abordagem inovadora, trazer resultados concretos para o negócio de curto e médio prazos.
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Com base na análise das respostas ao questionário, as empresas foram classificadas em cinco categorias principais de acordo com o grau de maturidade em relação à inovação: Líderes, Adotantes, Avaliadores, Seguidores ou Retardatários.
No Brasil, 5% das empresas foram classificadas como Líderes em Inovação. Apesar do número baixo, ele está bem acima da média global, onde esse índice foi de apenas 2%. As organizações classificadas nessa categoria são aquelas que apresentam uma estratégia completa de inovação e estão melhor preparadas para enfrentar desafios – como uma recessão global, problemas na cadeia de suprimentos, impactos ambientais, entre outros – e continuar crescendo.
Por outro lado, a maioria das companhias entrevistadas no país (42%) se encaixaram na categoria de Avaliadores da Inovação, mostrando que já têm uma preocupação com o tema e buscam construir um planejamento para acelerarem a inovação, contudo, a adoção desses planos tem sido gradual ou eles encontram-se em estágio inicial.
Os dados do estudo permitem ainda avaliar o impacto real para o negócio. Nesse sentido, quando consideradas as Líderes e Adotantes da Inovação, as empresas classificadas nessas categorias enfrentam 3,2 vezes menos escassez de mão de obra qualificada do que aquelas que se encaixam como Seguidores e Retardatários. Da mesma forma, as organizações mais maduras para a inovação (Líderes e Adotantes) são 2,6 vezes mais propensas a ter níveis acelerados de crescimento – acima de 15% ao ano em 2022 – e são 1,8 vezes mais resilientes, crescendo durante períodos de recessão, inflação e/ou incertezas econômicas.
“Esse estudo materializa a percepção de que no cenário de negócios atual, com mudanças aceleradas e constantes, a inovação é um fator decisivo para o sucesso das organizações. Mas se olharmos para o fato de que no Brasil só um terço das companhias (32%) se encaixam nas categorias de Líderes e Adotantes, temos ainda um longo caminho a percorrer”, aponta Diego Puerta, presidente da Dell Technologies Brasil, reforçando: “E a única forma de acelerar essa jornada é a partir dos investimentos em pessoas, tecnologias e processos que suportem os planos e ações inovadoras.”
Empresas: Impacto das pessoas na inovação
O primeiro passo para acelerar a inovação das empresas é ter uma cultura organizacional orientada à inovação, com um ambiente que incentive as ideias e no qual as falhas sejam aceitas e absorvidas como parte do processo de evolução.
Nesse sentido, o estudo mostra que 49% dos executivos brasileiros entrevistados acreditam que os profissionais deixam suas empresas porque não conseguem inovar e metade das lideranças assumem que aspectos da cultura da organização estão restringindo o processo de inovação e não permitindo que as organizações atinjam todo seu potencial.
Um dos pontos que chama atenção no Innovation Index é o fato de que seis em cada dez entrevistados no país afirmam que as lideranças dentro da organização são mais inclinadas a favorecerem suas próprias ideias do que as dos times. Ao mesmo tempo, o medo de errar e a falta de confiança dos colaboradores para compartilhar ideias são as duas principais barreiras para construir um ambiente inovador.
Impacto dos processos na inovação
O estudo demonstra também que hoje a maioria das organizações falha nos projetos de inovação pela dificuldade de ter processos estruturados. Nesse sentido, só 43% dos entrevistados no Brasil afirmam que hoje os projetos são baseados em dados e pouco mais da metade (56%) têm iniciativas inovadoras alinhadas a metas do negócio.
Ou seja, isso demonstra que a inovação é tratada como algo pontual dentro da estratégia e as organizações precisam ter processos melhor estruturados se quiserem avançar no tema, saindo assim do dia a dia operacional.
Impacto da tecnologia na inovação
O Innovation Index aponta que a quase totalidade (97%) das organizações no Brasil reconhecem a importância de usar novas tecnologias para serem mais inovadoras – o índice fica bem acima da média global, de 86%. Apesar disso, 46% admitem que as soluções tecnológicas utilizadas atualmente não são avançadas o suficiente e temem ficar atrás da concorrência.
O estudo mostra ainda que as cinco principais tecnologias para catalisar as inovações nas empresas são: multicloud, edge computing (computação de borda), infraestrutura de dados moderna, segurança cibernética e aquelas que permitem trabalhar de qualquer local.
Por outro lado, a complexidade dos ambientes de TI cria uma série de barreiras para a inovação. As cinco principais delas, segundo o Innovation Index, são:
- Crescentes custos com cloud
- Dificuldades de integrar a arquitetura de negócios à infraestrutura de TI
- Tempo e dinheiro gastos para migrar aplicativos para ambientes de nuvem
- Ameaças à segurança cibernética: impossibilidade de inovar com dados e dispositivos de borda não seguros
- Carência de infraestrutura de TI para atender e processar dados na borda
“Como uma empresa que tem um DNA inovador e, desde sua fundação atua com o propósito de desenvolver tecnologias que ajudem a impulsionar o progresso das empresas e da sociedade, temos investido em soluções voltadas a apoiar as empresas nessa jornada de inovação e que passam por reduzir a complexidade e os custos dos ambientes de TI, aumentar a segurança e acelerar os resultados do negócio”, destaca Diego Puerta.
“A partir de tecnologias inovadoras como Inteligência Artificial Generativa, multicloud by design, edge e todo o nosso portfólio de soluções para modernização da infraestrutura de TI e computação temos um portfólio completo para suportar as organizações nesse momento de transformação acelerada”, finaliza.
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