A DOMO Invest foi oficialmente fundada em 2016, mas a história por trás do fundo começa muitos anos antes disso: nos primórdios da internet no Brasil, com Rodrigo Borges e Guga Stocco, fundadores do fundo e ex-executivos do Buscapé. Fundada em 1999, a empresa foi pioneira no comércio eletrônico brasileiro e um dos maiores cases nacionais de tecnologia.
Em 2012, Rodrigo liderou uma iniciativa bem-sucedida de investimentos em startups embrionárias no Buscapé. Foi nesse momento que a semente da ideia de criar um fundo de capital próprio para investir em startups no Brasil começou a germinar. “A motivação deles de fundar a DOMO foi o pensamento de que eles conseguiram alcançar grandes resultados com capital próprio, por que não fazer isso com capital de famílias e investidores brasileiros?”, conta Marcio Zarzur, Managing Partner da DOMO Invest, em entrevista ao Startupi.
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Em 2017 a Domo levantou o primeiro fundo, desde então tem levantado capital e feito uma boa seleção de empreendedores de excelência e ajudado esses negócios a crescer. Empresas renomadas como Loggi, Gympass e Hotmart foram as primeiras a serem beneficiadas por esse impulso inicial do que hoje é a DOMO Invest. Desde então, a empresa tem continuado a atrair capital e construir um portfólio impressionante, selecionando empreendedores de excelência e catalisando o crescimento de seus negócios.
Atualmente, a DOMO Invest abriga um portfólio robusto de 105 startups, abrangendo desde estágios pré-seed até a Série B, embora o foco primário permaneça nos estágios iniciais. Com um total levantado de R$ 550 milhões até o momento, sendo 40% ainda disponíveis para investimento, a DOMO está em posição privilegiada para continuar apoiando as empresas em que acredita. “Estamos fechando um novo fundo, que ainda não tem prazo para ser anunciado; a ideia é focar em startups na fase seed para criar um novo portfólio. Como sempre fazemos, este portfólio terá mais da metade do capital destinado a follow-ons nas startups de maior destaque e potencial”, conta Marcio. Embora ainda sem data, a previsão é de que o primeiro closing do novo fundo seja entre o último trimestre de 2023 e o primeiro de 2024.
DOMO foca em “empreendedores raíz”
Márcio Zarzur destaca o compromisso da empresa com os “empreendedores raiz”, aqueles movidos por uma paixão inabalável em construir um negócio de sucesso, independentemente dos desafios. “Eu tenho convicção de que vai ser uma das melhores safras que a gente já viu no Brasil”, comenta o executivo sobre o cenário de VC no Brasil atualmente.
“A qualidade do empreendedor melhorou muito, porque o excesso de capital nos últimos anos trouxe muitos empreendedores que tinham a vontade de levantar valuations muito altos e colocar dinheiro no bolso. E o empreendedor que é raiz, que ia abrir um negócio independente dos problemas, ia ficar ofuscado pelos outros. [A redução dos investimentos] deu uma boa limpada nesse mercado, e o empreendedor raiz ficou”, comemora.
Com oito saídas bem-sucedidas já registradas, incluindo o case da Noverde, que experimentou um crescimento exponencial desde o investimento inicial da DOMO, a empresa prova, com seu portfólio, que a trajetória dos cofundadores contribui com a habilidade da DOMO em identificar e nutrir startups promissoras.
A tese da DOMO, que foca nos estágios de pré-seed e seed, mantém um olhar aberto para oportunidades em diversas verticais, desde que a startup tenha um forte pilar tecnológico. Para o futuro, o objetivo da DOMO é claro: “a gente quer se tornar uma referência ainda maior no mercado de VC para investimentos Seed e Pré-Seed. Queremos ser o primeiro nome que os investidores pensam quando querem aportar em startups, e o primeiro lugar que as startups procuram quando precisarem captar um cheque”, diz.
“A gente tem falado muito sobre sucessão. Queremos trazer pessoas do time para serem sócias, para que a gente seja uma empresa que dure por gerações e se perpetue através dos sócios e rejuvenescendo o time”, finaliza.
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