A indústria de energia solar no Brasil celebrou um marco significativo: o setor atingiu uma impressionante marca de 1 milhão de empregos acumulados e mais de R$ 163 bilhões em investimentos desde 2012. Essas conquistas foram reveladas pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) durante a abertura oficial da Intersolar South America, o maior evento do setor da América Latina.
A Absolar informa que a fonte fotovoltaica agora abriga uma potência instalada de 33,5 GW, incorporando tanto usinas de grande porte quanto sistemas de geração própria de energia, como instalações em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Esse montante representa 15% da matriz elétrica do país.
Olhando para esse cenário em crescimento e percebendo que havia uma dor no mercado, o mineiro Renan Nominato fundou em outubro de 2020 a Digital Grid, startup de gestão de crédito de energia na gestão distribuída. “Notei que o mercado precisava de uma plataforma SaaS para atender as usinas, porque muitas usinas tinham clientes, tinham geração de energia, mas não tinham como fazer a gestão. Eu trabalhava em outra empresa e via essa necessidade, então acabei fundando a Digital Grid para atender esse mercado.”
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O que a Digital Grid faz?
A Digital Grid é uma plataforma SaaS que atende empresas de assinatura, consórcios e cooperativas de energia renovável que entregam energia mais barata para o consumidor final. Ela simplifica a gestão de crédito das usinas e faz todo o trâmite de relacionamento com o consumidor final, criando um ambiente de acesso facilitado ao gerar faturas e cobranças de forma automática e inteligente.
O backoffice das usinas é todo gerenciado pela Digital Grid através de sua plataforma. Isso inclui cálculos de créditos injetados, emissão de valores, gestão de cobranças e medição da geração de energia. Uma das principais dificuldades iniciais enfrentadas pela startup foi a adaptação aos diferentes padrões das distribuidoras de energia. Como Renan Nominato destaca, seria benéfico desenvolver um sistema de “open energy”, semelhante ao conceito de “open banking” no setor financeiro, para superar os desafios de acesso aos dados das distribuidoras.
“O nosso diferencial é que conseguimos desenvolver soluções que atendessem todos os tipos de cliente, por isso trabalhamos com OCR, leitura de fatura via imagem e PDF, entre outras soluções. Conseguimos coletar os dados dos clientes de diferentes formas e assim diminuir a dor deles de saber quanto consumiu, quanto recebeu de energia, quanto a usina gerou etc.”
Como a plataforma da Digital Grid funciona?
A startup resolve as dores dos clientes em 5 passos:
- Medição de energia e definição do rateio de créditos usando algoritmos;
- Download e processamento de faturas;
- Gestão de créditos e envio de faturas;
- Controle e gestão de pagamentos,
- Customização de aplicativo para consumidor final.
Todo o processo de leitura das faturas dos consumidores finais e da usina é realizado de forma automatizada. O ponto de partida do sistema da Digital Grid é o d2ownload automático, no sistema da concessionária de energia, das faturas dos consumidores finais e da usina de geração distribuída.
Com essas faturas, as informações de consumo/compensação/geração são extraídas para realização do cálculo do faturamento da energia compensada no mês atual e para o cálculo da distribuição de créditos para os próximos meses de forma otimizada.
Além disso, hoje a Digital Grid tem um algoritmo de inteligência artificial que faz a previsão de séries temporais nas usinas. “Nosso algoritmo avalia se a geração da usina está fora da média esperada e entramos em contato com o cliente para ver se ocorreu algum problema, se algum equipamento quebrou ou se ocorreu algum acidente. Já tivemos casos que a usina teve problemas técnicos e conseguimos avisar nosso cliente antes que a situação piorasse”, explica Renan.
Principais marcos da startup
Renan Nominato compartilha que o primeiro marco da startup foi lançar o MVP no mercado. “Foi quase um mês sem dormir para lançar a primeira solução e quando rolou o primeiro ciclo de faturamento foi um grande marco, depois começamos a rodar.”
Hoje, a Digital Grid já tem 35 clientes, com mais de 3 mil unidades consumidoras. A startup celebra dois tipos de crescimento, o com a conquista de novos clientes e com o crescimento dos clientes. A tendência da startup é se consolidar com grandes players do mercado.
Outro marco importante na trajetória da Digital Grid foi ter participado recentemente do programa Inova Startups – parceria entre o Sebrae, a Bossanova Investimentos, a Raja Ventures se uniram para investir e mentorar startups brasileiras. A cada nova fase a startup recebe um novo investimento que pode chegar até R$ 750 mil e a Digital Grid recebeu investimento em todas as fases. “Agora, olhando para os nossos próximos passos, queremos consolidar nossas soluções, receber investimentos, crescer dentro do mercado e virar referência em gestão de créditos”, completa Renan.
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