Em 2010, Marco Fisbhen, professor de física há 15 anos, começou a gravar algumas aulas de física para entender o retorno que isso daria. Com a grande audiência, pensou em expandir a ideia e em março de 2011 lançou o site Descomplica com vídeoaulas de todas as matérias. Vivia dizendo que não queria ter investimento pelo investimento, mas sim encontrar os investidores certos para o momento da empresa – até que em dezembro de 2012 se acertou com Valar Ventures, Valor Capital Group, 500Startups, EL Area e Social+Capital Partnership.
Hoje, Marco me informou que a Descomplica passou por mais uma rodada de investimento. “Fechamos um B round liderado pela Social+Capital e follow on de todos os atuais investidores (Valar Ventures, Valor Capital, 500Startups). Fechamos também com um syndicate da Angel List (acho que foi o primeiro syndicate fora dos EUA) liderado por Lee Jacobs, incluindo o próprio Naval Ravikant (fundador da Angel List), Eric Ries (difusor do conceito de Lean Startup), David Sacks, Jared Kopf, entre outros”, contou animado.
O valor da nova rodada gira em torno dos 5 milhões de dólares. “É impressionante como nossos investidores, principalmente Valor Capital Group e Social+Capital Partnership ajudam em conexões e expertise. Faz muita diferença quando realmente o investimento vai além da alocação de capital”, avaliou. Mas as boas notícias não acabam por aí.
O professor empreendedor mostrou-se bastante contente com a saída de um antigo investidor – por um bom motivo. “O Ernesto Weber, da Gávea Angels, fez exit total com um bom retorno. E o Social+Capital entrou no board”, pontuou. “Em apenas 3 anos chegamos a quase 100 pessoas na empresa e mais de 5 milhões de alunos atendidos, mas a melhor parte é olhar pra frente e ver que ainda estamos muito empolgados pra ajudar a resolver os desafios de educação no Brasil. Nosso papel hoje é garantir que todos os nossos alunos, independente de classe social, tenham todas as ferramentas necessárias para competir em igualdade por melhores notas, melhores posições em universidades e melhores empregos”.
O que mais dizer? Investir em educação pode ser mesmo um bom negócio.