O KickStarter anunciou ontem que conseguiu arrecadar US$ 480 milhões em doações para projetos ao longo de 2013. O número foi divulgado ao lado de várias outras conquistas da plataforma em sua retrospectiva do ano, e representa um crescimento de 50% em relação a 2012. Como estamos falando da maior plataforma de crowdfunding do mundo, estamos falando também do crescimento do modelo como um todo.
E no Brasil os números também são animadores. O Catarse, plataforma tupiniquim de financiamento coletivo, afirma que ao longo do ano conseguiu manter uma média de 60 novos projetos por mês. Destes, aproximadamente 55% conseguiram financiamento, totalizando 400 projetos bem-sucedidos em 2013. Ao todo, a plataforma conseguiu movimentar R$ 7,6 milhões ao longo do ano.
“O Brasil está entre os países que mais utilizam o financiamento coletivo no mundo. Passamos por um processo constante de construção da cultura do financiamento coletivo. Só o Catarse já arrecadou mais R$ 13 milhões de 105 mil pessoas para quase 1.600 projetos. Caminhamos a passos constantes na construção de uma economia criativa e colaborativa e causando um impacto significativo”, ressalta Felipe Caruso, responsável pela comunicação do Catarse.
Mas não só em plataformas brasileiras as ideias ganham força e remuneração. Em uma busca busca rápida no Kickstarter, percebemos rapidamente que ao menos 96 projetos brasileiros foram submetidos e 40 conseguiram atingir suas metas. Também há as diferenças nos perfis dos colaboradores nacionais e estrangeiros.
“Quando a gente começa a olhar total de grana levantada, percebemos no Kickstarter a ascensão das categorias Games, Design e Tecnologia. Já no Catarse, a terceira maior categoria em total arrecadado é Comunidade, com projetos de ativismo e impacto social. Isso reflete um pouco as características de cada sociedade”, explica Caruso.
Há outros números que são animadores para quem aposta no crowdfunding. Ao longo de 2013 mais de 3 milhões de pessoas colaboraram no Kickstarter. Além disso 807 mil financiaram mais de um projeto; 81 mil colaboraram com mais de 10; e 975 com mais de 100 (!).
É claro que o crowdfunding não é sempre o melhor modelo para lançar seu negócio. É sempre necessária uma análise profunda e certeira para decidir se vale ou não lançar determinada ideia em uma plataforma de financiamento coletivo. O fato é que o modelo cresce e continua crescendo, inclusive no Brasil, e se mostrando uma alternativa um tanto quanto viável para concretizar ideias.