Em um ano desafiador como 2022, formas eficientes de buscar inovação nunca foram tão importantes para as grandes empresas. Para falar sobre a importância do Corporate Venture Capital para as companhias, a 3º edição do Corporate Venture Summit – evento realizado pela FCJ Venture Builder -, recebeu o painel Inovação Corporativa na prática.
Guilherme Skaf Amorim,Head de Parcerias na Wayra Brasil, conta que um CVC como a Wayra, iniciativa da Telefónica para impulsionar inovação, não pode buscar exclusivamente parcerias com empresas que tenham sinergia com os negócios da companhia, mas sim tem o papel de fomentar a inovação e buscar no mercado oportunidades de novos negócios que possam ser relevantes para clientes e parceiros.
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Rodrigo Carazolli, Gerente Geral de Inovação e Novos Negócios do Açolab Ventures, braço de inovação da ArcelorMittal, concorda com o posicionamento. “Até 2018, não tínhamos nada estruturado no sentido de buscar e fomentar inovação, e foi aí que nasceu o Açolab. Com ele, conseguimos dar robustez à nossa estratégia e rodarmos dezenas de MVPs em parceria com startups. O nosso objetivo, além de fomentar o ecossistema, é encontrarmos empresas que façam sentido não só para o nosso negócio, mas todas as startups que possam compor um ecossistema com a gente”, diz. “CVCs precisam focar em estratégias de longo prazo e tendências para o futuro.”
Renato Pereira, Diretor do Mercado Livre e responsável pelo Meli Fund, conta que o fundo da plataforma, um dos maiores marketplaces da América Latina, foi se transformando com o tempo. “Começamos com investimentos baixos, com o objetivo de fomentar o ecossistema de tecnologia. Depois, começamos a investir com fundos. Hoje, investimos também em empresas mais maduras, que tenham correlação com as grandes dores de grandes empresas”, explica.
As estratégias que fazem sentido para a Wayra ou Mercado Livre, por exemplo, não precisam necessariamente se aplicar a outras corporações. Entretanto, Renato afirma que há regras que devem, obrigatoriamente, serem seguidas por CVCs: “É preciso ter clareza de duas coisas. A primeira delas é o objetivo que você quer alcançar com o Corporate Venture Capital, obviamente. A segunda delas é a reputação: as startups se falam, o mercado inteiro se conversa, e se você não tem uma boa reputação no ecossistema, você vai ter um grande problema revertendo isso”, diz.
Paulo Justino, CEO e fundador da FCJ, reforça a mensagem: “se a companhia não tem a clareza do objetivo dela ao começar a investir em inovação, qualquer caminho vai servir. E isso é um erro que pode custar muito caro no futuro”, completa.
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