A ciência diz que a chance da humanidade reverter o cenário das mudanças climáticas globais é menor a cada ano. Para debater esse assunto urgente com alguns dos maiores líderes do mundo, acontece a COP27, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2022, que acontece esse ano no Egito.
Entre promessas e compromissos dos países participantes, os principais objetivos da Conferência estão a limitação do aquecimento global – com o cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris -, transparência de fluxos financeiros e previsibilidade de financiamento climático e uma melhor negociação entre governos, setor privado e sociedade civil para transformar a forma de interação entre humanos e o planeta.
“Acredito profundamente que a COP27 é uma oportunidade de mostrar a unidade contra uma ameaça existencial que só podemos superar por meio de ação concertada e implementação efetiva”, diz Abdel Fattah al-Sisi, presidente do Egito.
COP27, Startups e o meio-ambiente
O mundo vai gerar 3,4 bilhões de toneladas de resíduos por ano até 2050, aumento de 70%, segundo estudo da organização sem fins lucrativos International Solid Waste Association (ISWA). O destino e reaproveitamento desses resíduos, dentro da proposta de economia circular, é um dos grandes desafios globais.
E, além de ajudar o planeta, o movimento das greentechs também é um negócio promissor. No Brasil, o cenário dessas startups tem crescido ano a ano, e a tendência é que o mercado esteja em ascensão em todo o mundo. De acordo com um relatório da Allied Market Research, os recursos investidos em greentechs no mundo deve saltar de US$ 6,8 bilhões em 2018 para US$ 44,6 bilhões em 2026.
“Pensando que o grande desafio mundial atual está ligado às mudanças do clima, as cidades têm papel fundamental no enfrentamento desse cenário, uma vez que emitem cerca de 75% dos gases de efeito estufa relacionados à energia. Considerar essa questão como central deve levar população, empresas e governos a aturem de forma conjunta sobre temas como planejamento urbano, mobilidade, gestão da água e resíduos, obtenção de energia e inclusão”, diz Edson Grandisoli, coordenador pedagógico do Movimento Circular.
O mercado de startups focadas em energia limpa e renovável é um dos que mais cresce no país. Segundo o Distrito, já são mais de 150 atualmente. E uma delas é a Energia das Coisas, integrante do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e uma das startups presentes COP27.
A startup é especializada em metrificar o consumo de energia vinculada a emissões de CO2, com objetivo de aumentar a competitividade de negócios reduzindo seus custos com energia. “O fato de climate techs estarem presentes neste evento denota algo extremamente crítico, que é o papel das novas tecnologias como facilitadoras de transformações culturais pró conservação de recursos”, comenta Rodrigo Lagreca, fundador e CEO da startup. “Faz-se necessário aprofundar a discussão sobre como a transformação digital pode ajudar na demanda de formar cultura pró ambiental, que não é nova e sempre desafia governos e empresas sobre como avançar, e nisso não há ambiente mais propício a isso do que a COP 27”, completa.