Formado em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com especialização em Finanças pela Stern School of Business – New York University e pela Fundação Instituto de Administração (FIA), Mestre em Administração/Finanças pela FEA/USP.
Consultor financeiro, professor, autor de livros de finanças (como “Casais inteligentes enriquecem juntos”) que já venderam mais de 1,5 milhões de exemplares, empresário e agora sócio do Canal do Crédito.
Estas são algumas formas de se referir a Gustavo Cerbasi, profissional que pude conhecer hoje de manhã, quando foi apresentado pelo empreendedor Marcelo Prata, idealizador e CEO do maior comparador e simulador de financiamentos imobiliários do Brasil.
Fotos: Greg Salibian.
Criado em 2009, o Canal do Crédito conta com investimento do fundo HorizonTI (constituído por Fapemig, BDMG e Finep, entre outros, e gerido pela Confrapar) e ganha dinheiro encaminhando clientes (que usam suas ferramentas gratuitamente) a 36 instituições financiadoras. O papel de Cerbasi é claro: usar sua expertise e popularidade para promover o uso consciente de financiamentos.
A parceria tem início com o lançamento de uma campanha intitulada “Crédito Inteligente” que, por meio das redes sociais, irá divulgar vídeos do escritor com orientações para quem planeja comprar um imóvel financiado. A decisão de se tornar sócio de uma empresa já consolidada (com exceção de seus investimentos no mercado de capitais) é uma iniciativa inédita na carreira de Gustavo Cerbasi em mais de uma década dedicada à educação financeira no Brasil. Para o consultor, a parceria com a Canal do Crédito se justifica pela identificação com o produto desenvolvido pela empresa que criou o primeiro simulador de financiamento imobiliário capaz de comparar o Custo Efetivo Total (juros + demais taxas envolvidas nesse processo) oferecido pelos diversos bancos do mercado.
Além de informar qual instituição financeira cobra a taxa de juros mais atrativa, a ferramenta, de uso gratuito e disponível no site Canal do Crédito, revela informações sobre a qualidade e a agilidade adotadas pelos bancos no atendimento ao consumidor. A base de dados que alimenta o simulador é atualizada de acordo com os sites dos bancos e administradoras de consórcio, além do Banco Central.
“A proposta da Canal do Crédito me chamou atenção porque seu produto não é mais uma experiência, mas sim um negócio já consolidado pelas mãos de um empreendedor 100% dedicado ao projeto e com um belíssimo plano pela frente”, afirma Gustavo Cerbasi. “Isso me fez apostar nessa empreitada e tornar-me o seu sócio”, acrescenta o consultor.
Para Marcelo Prata, fundador e CEO da Canal do Crédito, a experiência de Cerbasi em educação financeira será fundamental para desmistificar os temas ligados ao crédito imobiliário à população, principalmente num momento tão importante para este setor no País. “A Canal do Crédito nasceu para ser um agregador de produtos financeiros e ajudar o consumidor a escolher a melhor linha de crédito na hora da contratação. Por isso, a chegada do Gustavo ao nosso time faz todo sentido”, conclui Marcelo Prata.
Antes de abrir o Canal do Crédito, Prata já atuava no mercado imobiliário, inclusive com crédito, e se inspirou no modelo estrangeiro de “mortgage broker” para oferecer uma solução para o que considera uma assimetria de informações neste mercado – os clientes tinham à disposição muito menos do que o fornecedores. Ele alegou que não pode divulgar números atuais, mas espera ter 500 mil clientes até o final do ano. “A portabilidade dos financiamentos, que vem sendo sancionada no Governo, sinaliza uma segunda onda no uso de crédito no Brasil. Este é um mercado para 2 ou 3 grandes players e queremos ser um deles”, comentou. Cerbasi respaldou realista: “não estamos com uma galinha dos ovos de ouro, ma com um trabalho sério a ser feito. O brasileiro já sabe escolher melhor suas dívidas, já está maduro para a necessidade de comparações, mas ainda não é tão consciente na construção do seu crédito, que é sua imagem. O papel do educador financeiro abrange tanto o uso consciente do consumo e do investimento como do crédito e da filantropia”.