Também no FMDS, conheci o pessoal do Compra 3, um serviço de compra coletiva que adota uma forma bem diferente de trabalhar e que me surpreendeu. Ao invés de juntar antecipadamente pessoas interessadas em adquirir determinado bem, o Compra 3 negocia faixas de desconto com playersdo comércio eletrônico, dependendo do volume de vendas gerado para a loja virtual.
Na conversa que tive com o Bruno Medeiros, um dos mentores do projeto, fiquei sabendo que a primeira leva de serviços de compra coletiva juntava previamente interessados em um produto para ganhar poder de barganha e requisitar, quando acumulasse pessoas suficientes, descontos junto a fornecedores daquele item. O que acontece é que neste caso há muitas desistências de pessoas no meio do caminho e o modelo fica enfraquecido ao depender do “impulso” de compra perdido.
O Compra3 inverteu esse caminho. O serviço negocia previamente com lojas virtuais faixas de desconto que se atingidas são devolvidas a quem comprou. Esse retorno pode ser em crédito para novas compras que pode ser usado em qualquer loja que adote o sistema do Compra3. Isso tem uma vantagem em relação ao tradicional “rebate” que vemos em lojas dos EUA, no qual o desconto só pode ser usado na loja que o ofereceu. Além disso no Compra3 o imediatismo da compra virtual é mantido.
Segundo matéria publicada na Folha de S.Paulo recentemente já no ano de 2008 o serviço deve gerar uma economia conjunta de R$ 2 milhões para todos os que usam o serviço para efetuar suas compras.
Para finalizar há lojas grandes dentro dos parceiros do Compra3: Submarino, Americanas e Gimba. E um concorrente no mercado nacional é o Tuangr, do Luthiano Vasconcelos, que terá em breve uma análise aqui.