* Por Eduardo Tardelli
Há quem diga que o sonho de toda startup é crescer a ponto de não ser mais considerada uma startup. Acho isso maravilhoso e acredito que com planejamento e foco é algo plenamente possível de acontecer, tendo como um dos facilitadores para este processo o recebimento de investimentos.
São diversas variáveis que fazem uma startup receber, ou não, investimentos: segmento, modelo de negócio, faturamento etc., mas se tem algo que com certeza ajuda a encurtar esse caminho é o compromisso por parte das startups em não apenas se preocupar com o consumidor final, mas sim com todos os processos – o que inevitavelmente acaba esbarrando no conceito de compliance.
Não adianta nada criar um produto maravilhoso, com uma super tecnologia se, conforme o tempo for passando, o negócio tiver poucos sócios e problemas internos. Ou ainda, acabar contratando colaboradores que tenham um passado de escândalos e corrupções. Os aspectos que dão mais problemas são o trabalhista e o contábil.
Isso acontece porque as relações de trabalho acabam sendo muito pautadas pela confiança e as normas acabam sendo ignoradas, assim como as questões contábeis acabam sendo menos levadas a sério do que deveriam. Se durante um processo de auditoria realizado por um possível investidor, por exemplo, forem encontradas falhas na contabilidade da empresa, principalmente em riscos, é possível perder o investimento. E ninguém quer isso, certo?
Portanto, caro empreendedor, o compliance, à primeira vista, pode parecer trabalhoso e complicado, mas na prática difícil mesmo é lidar com as consequências da falta dele. Pense nisso!
Eduardo Tardelli é CEO da upLexis, empresa de software que desenvolve soluções de busca e estruturação de informações extraídas de grandes volumes de dados (Big Data) da internet e outras bases de conhecimento.