De novo sobre o Roundtable on Entrepreneurship Education (veja post anterior). Não sei de falo boa noite ou bom dia! Vou começar então pelo final. Vai parecer muito mais divertido!
Acabei de jantar cebiche. Esta é uma comida típica do Peru, feita de peixe (pescado) cru, servido marinado em sumo de limão. É uma delícia. Confesso que eu estava com bastante receio de comer peixe cru mas, como é um prato muito tradicional, resolvi experimentar. A outra coisa que nós fizemos hoje no REE Latin America foi aprender sobre a história do Pisco. E isso fez parte da programação oficial da conferência.
O Pisco é uma aguardente originária do Peru (embora haja controvérsias e os chilenos digam que é originária do Chile), feita por meio da destilação do suco de uva fermentado, em um processo muito parecido com a produção da pinga, em alambiques. O drink mais famoso feito de Pisco é o Pisco Sour, que consiste em 3 doses de Pisco, 1 dose de sumo de limão, 1 dose de melaço e 1 dose de clara de ovo. Tudo isto deve ser colocado em uma coqueteleira e batido, com aproximadamente 6 pedras de gelo. O Pisco Sour deve ser servido em um copo, mas sem colocar junto o gelo. Para completar, no copo coloca-se 1 gota de amargo de angostura. Essa é a receita peruana. Eu tentei juntar com a receita de caipirinha, em uma brincadeira e, na minha opinião, deu certo. Eu usei limão amassado, em vez de sumo de limão.
As outras quatro apresentações do dia, que aconteceram em um hotel fora de Lima que tem a arquitetura parecida com a de um pueblo peruano, foram com a Julie Kim, uma chilena de origem asiática, Heidi M. Neck, professora de Babson, Nobuyuki Otsuka, um japonês que trabalha no Banco Interamericano de Desenvolvimento e fala espanhol, e Luis Baba, professor da ESAN, organizadora do evento.
Como o desenvolvimento tecnológico afeta a era da informação
O professor Baba falou de globalização e de como o desenvolvimento tecnológico afeta a era da informação. Os principais pontos da apresentação foram (1) lembrar que o tempo, ou seja, a velocidade em que as coisas acontecem são extremamente cruciais hoje em dia, (2) que as distâncias estão cada vez mais curtas, graças à possibilidade de se trabalhar com qualquer pessoa ao redor do mundo sem a necessidade de locomoção, (3) a internacionalização da empresas, especialmente da América Latina, onde nós temos grandes dificuldades em cultivar novos espaços de relacionamento e finalmente (4) o marco que foi a transição de uma economia baseada em bens para uma economia na qual o conhecimento toma o papel central.
O pesquisador Nobuyuki e a professora Kim falaram do desenvolvimento do empreendedorismo na América Latina através do exemplo peruano, do Chile e do leste asiático (Coréia e China). A pergunta chave era “como se pode melhorar o ecossistema de negócios para apoiar a criação de empreendimentos dinâmicos (de rápido crescimento)”, da a falta de venture capital na América Latina, com a exceção do Brasil e dos problemas com estratégias de saída de investimento, onde não há ainda um mercado de capitais bem desenvolvidos e as grandes empresas não vêem oportunidades de negócios.
Logo no início do dia a apresentação foi da professora Heidi Neck. Ela comparou a construção de um quebra cabeças à atuação do “manager” ou do MBA que apenas põe peças que se encaixam juntas, enquanto os alunos de empreendedorismo ou empreendedores criam novos cenários a partir de retalhos, que já existem, mas são combinados de novas maneiras, gerando inovação.
Amanhã temos mais algumas apresentações e eu vou falar das competições de planos de negócios e do Idea to Product Latin America.