* Por João Teixeira
Empresas dos setores público e privado, em especial as que vivenciam processos mais burocratizados e lentos, buscam soluções que maximizem essa operação, reduzindo custo, tempo e maximizando a produtividade de todo o sistema. A cloud vem ganhando espaço no mercado e se consolidando como a mais eficiente dessas soluções, além de ser a mais em conta – embora não realize as “mágicas” que muitos imaginam ao falar sobre o assunto.
Os produtos disponíveis permitem adaptabilidade dos processos pré-existentes ao serviços que serão hospedados na nuvem, o que melhora a praticidade. Mas o gestor que decidir entrar em uma empreitada da nuvem deve entender onde está entrando. Um engano comum entre empreendedores é o de que só a implementação da cloud trará toda a transformação digital necessária a um sistema pouco produtivo, ou então que a solução recriará por si só os processos.
Sistemas mais aprimorados em sua infraestrutura na nuvem como a cloud native têm sido o objetivo final de empresas que buscam modernização, com arquitetura e aplicações que tornam o processo econômico e simplificam a capacidade de reação às mudanças e redução da imprevisibilidade. Muitos consideram este modelo o próximo passo da apropriação do mundo corporativo em relação à nuvem. A utilização das vantagens de um serviço em nuvem por um sistema desde o início pode ser crucial: a redução prévia do impacto de falhas, diminuição de riscos e colaboradores maximizados em trabalhos não-repetitivos.
A cloud tem sido um caminho prioritário principalmente para empresas altamente regulamentadas, como as ligadas ao setor público. Os desafios são muitos para hardwares que tornam os processos mais lentos e pesados: expansão constante das regulamentações e obrigações; processos legados e infraestrutura que impedem a inovação; relatórios onerosos e requisitos de documentação; necessidade de análise de um grande volume de dados com necessidade de qualificação acelerada; entre outros pontos que podem ser amortecidos com a introdução da nuvem, além, é claro, de todo um processo de transformação digital mais complexo, que engloba as principais necessidades específicas da empresa – pois, como dissemos, a cloud não surge como milagre individual para todos os problemas digitais carentes de otimização, redução de custo, certa automação e controle amplo.
É evidente que um planejamento adequado deve ser feito de antemão com a empresa que quer realizar esse processo de transformação e a empresa de tecnologia contratada para entender essas dores. Identificar os stakeholders responsáveis por cada área é de extrema importância, pois isso deverá balizar a introdução de um novo sistema com suas respectivas funcionalidades, ao passo que mantém o supervisionamento e traz a expertise das reais necessidades da empresa. Isso é crítico para o empreendedor: nem tudo que ele deseja aplicar para seus processos, que ele enxerga como um possível avanço para a empresa, dialoga com suas necessidades concretas a curto, médio e longo prazo, a depender de seu planejamento.
Ter um parceiro estratégico nesse sentido pode ser fundamental. A implementação de uma nova jornada digital, com o uso da cloud, potencialmente garante inovação, produtividade e agilidade, além de possibilitar um acompanhamento em 360º das experiências do colaborador, do usuário e do consumidor, o que amplia o compliance local e a eficiência de processos originais adaptáveis aos novos recursos. Na adoção de uma jornada via parceiro estratégico, atenção e entendimento do escopo geral de sua situação é fundamental. Apesar das muitas vantagens, é preciso responsabilidade para o gestor que tem a ‘cabeça na “nuvem’.