* Por Ana Flávia Carrilo
As discussões sobre energias renováveis estão cada vez mais em altas em todo planeta – fatores como metas de carbono zero, energia elétrica como parte do processo de descarbonização e novas matrizes energéticas – tem contribuído para isso, na busca pela redução ou eliminação do impacto ecológico negativo e o uso mais eficiente e responsável de recursos naturais.
Quando trazemos essa realidade de sustentabilidade e recursos naturais para o cenário brasileiro, nosso país se mostra parte importante desse movimento – hoje, fontes eólicas e solares representam 12% da nossa capacidade e esse número deve chegar a 20% da matriz energética até o fim da década.
Entre as startups, esse setor recebe o nome de cleantechs, também chamadas de “startups verdes” ou “startups de tecnologia limpa”, e já são uma realidade no Brasil. Atuando em áreas como ar e meio ambiente, agricultura, eficiência e indústria limpa, por exemplo, as cleantechs vêm revolucionando o mercado de energia.
Por isso, neste mês separei alguns dados exclusivos sobre o setor para compartilhar com vocês! Confira só:
Cleantechs ocupam o 8º lugar em volume de startups entre os segmentos, conforme dados do último Mapeamento do Ecossistema da Abstartups. Em termos geográficos, o estado de São Paulo é líder disparado em número de cleantechs: são 29,4%. E em terceiro lugar já está o estado do Rio de Janeiro com 10,8%. O Sudeste é um dos pólos econômicos mais aquecidos do país, logo, o percentual de 56,9% da distribuição regional é equivalente a este cenário.
Sobre o público-alvo das cleantechs, o B2B atualmente é o mais usado (53,9%) para vendas, modelo este que o produto ou serviço é vendido diretamente para outras empresas. Há aquelas que adquirem a solução para atender alguma exigência de órgãos reguladores, e até as mais comprometidas com a transformação socioambiental. Mas, um fator importante, são as restrições ainda existentes na legislação que podem ser empecilhos para que o B2C alcance patamares maiores.
Ana Flávia Carrilo é Coordenadora da área de Informação na Associação Brasileira de Startups (Abstartups), responsável por mapear, gerar os estudos, dados e reports de mercado da instituição com o objetivo de fomentar o ecossistema empreendedor brasileiro.