Junto do avanço da tecnologia e do mercado financeiro, as fraudes bancárias relacionadas a esse mercado digital também passam por atualizações e inovam seus processos, cabe à cibersegurança descobrir meios para evitar tais fraudes. A pandemia da COVID-19 impulsionou a realização de transações bancárias e financeiras online, mas em análise feita, se observa que muitos dos tipos de fraude que apresentaram grande salto entre os anos de 2019 e 2021 decaíram neste início de 2022.
A análise trimestral de fraudes, realizada pela TransUnion, comparou os primeiros três meses de 2021, 1º de janeiro a 31 de março de 2021, aos primeiros três meses de 2022 ,1º de janeiro a 31 de março de 2022, constatou que essa mudança realmente aconteceu pelos cibercriminosos. O percentual de tentativas de fraudes digitais originadas no Brasil contra empresas globalmente diminuiu 47,8%. Ao redor do mundo, o número é um pouco menor, com queda de 22,6%.
“Os fraudadores testam quais setores aumentaram as iniciativas de prevenção contra fraudes e, como resultado, recorrem a novos setores nos quais os esforços estejam sendo frustrados. Isso é exatamente o que observamos recentemente, à medida que os fraudadores procuram novas oportunidades ou pontos de vulnerabilidade para atuarem”, afirma Shai Cohen, vice-presidente sênior de soluções globais de fraude da TransUnion.
A análise trimestral também observou que, globalmente, a taxa de suspeita de fraude digital diminuiu em setores como serviços financeiros (-63,6%), telecomunicações (-20,4%) e varejo (-7,6%), enquanto os fraudadores aumentaram significativamente as tentativas de golpes em mercados como de seguros (134,5%), logística (42,7%) e viagens e lazer (13,3%).
No Brasil, o setor de serviços financeiros registrou a maior queda na taxa de suspeita de fraude digital em -79,4%, seguido por telecomunicações (-49,7%) e games (-45,6%). Já os setores em que houve aumento na taxa de suspeita de fraude digital foram comunidades e aplicativos de relacionamento (24,4%), o setor logístico (16,2%) e o de viagens e lazer (12,9%).
“É fundamental que, durante esse momento, as empresas se concentrem em otimizar a experiência do cliente pensando nos bons consumidores.”, finaliza Shai Cohen.