Chegou a hora de fechar a trinca: eu já contei algumas coisas sobre a Incube – num texto sobre pagamento via smartphones em restaurantes e em um aplicativo de táxi, ambos já operando em São Paulo. Agora, conforme prometido, vem o terceiro produto que eles criaram.
Antes de tudo, vale uma contextualização para costurar a atuação dessa startup: eles trabalham e segmentam de acordo com as ideias que vêm surgindo – como já deu para perceber, foram algumas realizadas ao longo desse um ano de existência.
“A gente não está criando aplicativos, a gente está criando negócios; cada um com geração de receitas e vida própria, dentro do embrião da mesma filosofia da Incube, que é inovação, tecnologia, ideias existentes com soluções melhoradas e aprimoradas”, conta o cofundador Fernando Blay.
Recapitulando alguns fatos que eu já contei, são quatro sócios engajados no mundo mobile. Amigos há mais de 30 anos e empreendedores há outros tantos, eles decidiram montar a startup durante um safári na Namíbia.
Estavam a passeio, tirando fotos, uma grande paixão deles que, por consequência natural, levou à criação da primeira plataforma, o WinaMinute, aplicativo que nasceu de uma “brecha” do Instagram: os concursos de fotos.
O app foi lançado em uma versão primária em julho de 2012, mas o lançamento oficial ocorreu em meados de janeiro. Até agora, o WinaMinute já reúne 550 mil usuários em 140 países, com mais de 1 milhão de fotos subidas.
“É uma plataforma de concursos fotográficos em que a gente lança semanalmente os concursos; ao entrar, o usuário tem quatro a seis concursos concomitantes. Há desde concursos mais complexos para amantes da fotografia – com côncavo, convexo, textura, por exemplo – até concursos populares para usuários do Instagram. Conseguimos falar com o público de nicho, especializado, que são os fotógrafos, e com o segmento popular”, explicou Eduardo Iguelka, cofundador da Incube, durante nossa conversa nessa semana na sede da empresa, em Higienópolis, São Paulo.
A partir daí, o usuário sobe a foto e a plataforma agrega facilidades de rede social, comunidades e games: as pessoas votam, ganham pontos, podem se seguir e se comunicar por mensagens.
Aí você está se perguntando: o que o usuário ganha com isso? Bom, a resposta soluciona outra equação, a da monetização da plataforma: os concursos são patrocinados por empresas que fornecem prêmios.
“Fechamos diversas parcerias ao redor do mundo. Se o cara ganha na Tunísia, por exemplo, ele pode retirar numa Fnac, um BestBuy ou similar”, elucida Iguelka. “Temos acordos com varejistas do mundo inteiro, então isso facilita para os usuários”, completa Blay.
O frisson foi tanto que surpreendeu até os cofundadores. “Fizemos sucesso em países muito inesperados. Aqui no Brasil a gente olha muito para o nosso umbigo, diferentemente de outros países menores. Temos muito contato com o pessoal de Israel, que não tem mercado lá, e pensa muito fora. Aqui no Brasil é diferente porque temos um mercado enorme, composto muitas vezes de pessoas mal-atendidas, então é mais fácil olharmos apenas para cá”, argumenta Blay. “Hoje a gente faz sucesso na Venezuela, México, Chile, Itália, Coreia, França, Índia… É um barato. Para gente é muito especial.” E eles garantem: não é o fim de tudo – é apenas o começo.