“A substituição por softwares, seja para motoristas, garçons ou enfermeiras… está progredindo. A tecnologia ao longo do tempo irá reduzir a demanda por trabalhos, particularmente os mais básicos. Daqui a 20 anos a demanda por trabalhos, por habilidades específicas, será substancialmente menor. Acredito que as pessoas não têm isso em seus modelos mentais”.
A declaração foi proferida por Bill Gates na última semana, no American Enterprise Institute. A The Economist também concorda, e fez uma interessante matéria sobre o assunto, afirmando que empregos como operador de telemarketing, quase certamente irão desaparecer nas próximas duas décadas.
O cenário pode ser visto com certo pessimismo e certo otimismo. O segundo, porque há chances de essas pessoas se tornarem empreendedoras ou serem demandadas em áreas em que reina o conhecimento humano, ainda (?) insubstituível por máquinas. Por outro lado, o pessimismo ainda se justifica porque não sabemos a que ponto tal questão se resolverá.
Para Gates, é imprescindível que os governos regulem as taxações e impostos, encorajando pequenas e grandes empresas para contratar funcionários e torná-los mais competitivos com as máquinas.
Isso, para o fundador da Microsoft, também passa pelo salário mínimo. “Quando pessoas dizem que deveríamos aumentar o salário mínimo, eu fico preocupado com o que isso pode significar para a criação de empregos, principalmente com como isso pode afetar a demanda na parte do trabalho. Isso me deixa muito preocupado”.