Por Bruna Galati
A 3M é reconhecida globalmente por sua gama de produtos inovadores, como o icônico bloco de notas adesivo Post-it. Consolidando sua posição como líder em ciência de materiais, a empresa é comprometida em impulsionar avanços nos setores-chave em que atua: Indústria e Transporte, Saúde, Consumo e Escritório, Segurança, Produtos Elétricos e Comunicação, e Controle de Tráfego e Comunicação Visual.
O Centro de Inovação da 3M em Sumaré, São Paulo, tem desempenhado um papel fundamental no impulsionamento da pesquisa, desenvolvimento, educação e inovação no Brasil. Além de servir como local de encontro para clientes, equipes técnicas e parceiros, como se fosse um showroom de novas ideias. E o Startupi foi convidado para visitá-lo na quinta-feira (22).
Em entrevista, Paulo Gandolfi, diretor de Operações de P&D e Inovação da 3M LatAm, falou sobre a importância do centro e as tendências globais que têm sido abordadas pela empresa, como mudanças climáticas, mudanças demográficas e sociais, e a convergência do mundo físico com o digital – tópicos que apareceram no estudo 3M Forward.
Estudo 3M Forward
O estudo “3M Forward: O Futuro Hoje” foi feito em 17 países, incluindo o Brasil, e identificou que as mudanças climáticas e escassez de recursos estão no radar da maioria dos entrevistados, com 93% das pessoas em todo o mundo preocupadas com as consequências das mudanças climáticas e 90% acreditando que a ciência pode ajudar a minimizar seus efeitos.
A 3M tem contribuído para essa agenda global por meio de iniciativas sustentáveis. Todas as fábricas da empresa no Brasil utilizam 100% de energia proveniente de fontes renováveis, como hidrelétrica, solar e eólica. Além disso, a empresa tem trabalhado na redução do consumo de plástico de uso único, lançado produtos que utilizam resinas recicladas e desenvolvendo iniciativas de reciclagem, como o programa nacional de reciclagem de esponjas.
No Brasil, a pesquisa mostrou que a descarbonização e a transição energética são tendências que os brasileiros (55%) consideram importantes e terão um impacto muito positivo na sociedade. E 85% concordam que as empresas devem fazer a transição da energia de carbono para energia renovável.
Gandolfi ressaltou a importância de investir em reciclagem e acabar com os lixões no país. Ele compartilhou sua experiência em trabalhar diretamente com um catador de lixo em Bertioga, destacando a necessidade de mudança de perspectiva em relação ao tratamento do lixo e à política nacional de resíduos sólidos. “Se tem uma coisa que a gente precisa investir no país é acabar com os lixões e reciclar muito mais do que a gente recicla hoje. A gente recicla pouco demais. É um grande desperdício de material, lixo pra loja, lixo pra muitos é luxo”, afirmou Gandolfi.
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Pilar social
A pesquisa indica que 82% das pessoas estão dispostas a utilizar avanços digitais para melhorar sua saúde, bem-estar e produtividade. A inteligência artificial também está influenciando a forma como trabalhamos, proporcionando um aumento significativo na produtividade.
Cerca de 83% dos brasileiros acreditam na possibilidade de construir um futuro de alta tecnologia e sustentabilidade ao mesmo tempo. Entretanto, 53% estão muito preocupados com os impactos da IA no emprego e na desigualdade.
Além disso, a automação tem sido cada vez mais utilizada para aumentar a produtividade e qualidade na manufatura. Com a falta de mão de obra disponível, as empresas estão recorrendo à automação para preencher essas lacunas e realizar tarefas que as pessoas não desejam mais fazer. A 3M segue essa tendência com a robotização de sistemas para a indústria automotiva, para ilustrar as mudanças do trabalho ocasionadas pela tecnologia. “O que estamos vendo é que pouca gente hoje em dia quer trabalhos que vão demandar muito esforço físico,” disse o executivo.
A capacitação e o desenvolvimento de habilidades são essenciais para acompanhar as mudanças e aproveitar ao máximo as novas tecnologias disponíveis. “Investir em formação e qualificação de nossos funcionários é fundamental. Estamos incentivando nossos funcionários, como químicos e engenheiros, a se tornarem programadores para requalificá-los. Porque tem soluções que só eles, trabalhando com um programador mais sênior, vão ser capazes de resolver problemas de pesquisa e desenvolvimento. Se eu não fizer essa pessoa ser mais digital, essas pessoas não vão ter mais essa posição em 10 anos”, afirmou Gandolfi.
Por fim, o executivo reforça que no campo da inovação, é importante construir cenários desejáveis dentro de cenários prováveis. As empresas precisam olhar para o futuro, considerando as transformações tecnológicas, sociais, culturais e políticas que podem ocorrer. A capacidade de reinventar-se e adaptar-se é fundamental para se manter relevante em um ambiente em constante mudança.
3M nos Estados Unidos
No mesmo dia da visita ao Centro de Inovação da 3M, a empresa chegou em um acordo de US$ 10,3 bilhões com cidades e vilas dos Estados Unidos sobre alegações de que a companhia contaminou a água potável com produtos químicos eternos usados em espuma de combate a incêndios até revestimentos antiaderentes.
Segundo o The New York Times, sob o amplo acordo, a 3M disse que pagaria o dinheiro ao longo de 13 anos a todas as cidades, condados e outros em todo o país para testar e limpar substâncias perfluoroalquil e polifluoroalquil, conhecidas como PFAS, no abastecimento público de água.
Em comunicado, Mike Roman, presidente e executivo-chefe da 3M, chamou o acordo de “passo importante para a 3M” e disse que ele se baseia em “nosso anúncio de que sairemos de toda a fabricação de PFAS até o final de 2025”.
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