Acontece nesta semana, em Las Vegas (EUA), a 13ª edição do re:Invent, evento anual da Amazon Web Services (AWS) para anunciar as novidades para o próximo ano, apresentar dados relevantes para a companhia e apontar previsões de mercado para o futuro. Neste ano, primeiro de Matt Garman à frente da companhia como CEO, energias limpas e sustentabilidade são um dos principais temas do evento, que reúne mais de 60 mil pessoas presencialmente.
As iniciativas da gigante de tecnologia para mitigar o impacto ambiental de suas operações estão alinhadas com sua estratégia de suporte ao ecossistema global de startups, especialmente aquelas que desenvolvem soluções para a crise climática. No evento, que acontece até dia 6, sexta-feira, a empresa destacou avanços significativos em sustentabilidade e reforçou seu compromisso com o crescimento de startups focadas em tecnologia climática.
Startups como aliadas das operações sustentáveis da AWS
Em 2023, a AWS alcançou a meta de operar com 100% de energia renovável, sete anos antes do previsto. “Estamos constantemente inovando nossa infraestrutura para torná-la mais eficiente e sustentável”, diz Paula Bellizia, VP da AWS para América Latina. Entre as inovações está o uso de sistemas de resfriamento líquido e designs simplificados de distribuição elétrica, que minimizam perdas de energia e tornam as operações mais confiáveis.
Paralelamente, a AWS tem intensificado seus esforços para apoiar startups climate techs. Segundo Lisbeth Kaufman, líder de startups climáticas e VCs da AWS, essas empresas estão na linha de frente dos esforços para mitigar os efeitos da crise climática. “Apoiamos startups para que possam criar soluções, crescer e captar investimentos”, afirma.
Paula Bellizia destacou ainda que a região tem se tornado um polo de inovação climática. “Já treinamos mais de 5 mil profissionais de startups e apoiamos diretamente 80 startups no último ano, sendo 20 delas da América Latina”, diz.
Entre os casos de sucesso, a companhia mencionou projetos que aumentam a eficiência hídrica na agricultura no Brasil e no Chile, contribuindo para a meta de devolver mais água às comunidades do que consome até 2030.
Para colocar em prática o futuro sustentável que almeja, as startups desempenham um papel central na visão da AWS. Para Matt Garman, CEO da AWS, o momento é propício para empresas emergentes. “Quando comecei na AWS em 2006, nossos primeiros clientes eram startups. Hoje, continuamos comprometidos em ajudá-las a escalar globalmente e transformar setores inteiros”, afirma.
A empresa enfatizou que, além do capital, fornece infraestrutura tecnológica e suporte estratégico para que startups possam acessar mercados globais. Tiffany Bloomquist, líder em startups de IA da AWS, destacou a importância desse apoio: “As startups precisam de escala e networking. Estamos em uma posição estratégica para ajudá-las a alcançar novos mercados e inspirar futuras gerações de inovadores”.
Na América Latina, a computação em nuvem impulsionou US$ 53 bilhões do PIB regional em 2023, segundo estudo da AWS com a Telecom Advisory Services. Paula projeta que esse número pode ultrapassar US$ 700 bilhões em cinco anos. “Os investimentos da AWS em infraestrutura, como os US$ 1,8 bilhão no Brasil, são essenciais para sustentar essa expansão”, completa.
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