A Drivin, scale-up chilena especializada em otimização de processos logísticos para frotas, registrou um crescimento anual composto (CAGR) em sua operação brasileira nos últimos 4 anos. Com presença em países como México, Espanha e Peru, a empresa agora mira a expansão para o mercado asiático, planejando entrar na China e na Índia.
“O Brasil tem um potencial imenso. Com o tamanho do nosso território e a complexidade de nossas cidades, temos que ser ainda mais criativos para resolver os desafios logísticos. Então, quando pensamos em expandir para mercados como Índia e China, estamos preparados porque já estamos acostumados com uma realidade complexa”, explicou Alvaro Loyola, Country Manager da Drivin no Brasil, em entrevista ao STARTUPI.
Somente no país, a plataforma processa 525 mil pedidos diários, com uma frota de 3.600 veículos, somando mais de 15 milhões de entregas por mês. Globalmente, são milhões de pedidos diários e uma frota de 45 mil veículos. Entre os mais de 600 clientes da Drivin, estão grandes marcas como Mondelēz, DHL, Grupo Tigre e Burger King.
“Quando falamos de logística, não estamos falando só de transporte, mas de um processo complexo, que vai desde o planejamento da rota, a análise do melhor trajeto, até o tempo que o produto leva para chegar ao cliente final. É um fluxo contínuo de otimização para que o processo seja o mais eficiente possível”, afirma Loyola.
No primeiro semestre de 2024, a Drivin obteve crescimento global de 26% e projeta encerrar o ano com um aumento de 40%. No Brasil, a empresa registrou um crescimento de 134% em vendas e 101% em recorrência em relação ao mesmo período de 2023, com uma receita adicional de mais de R$ 2,1 milhões, antecipando a meta de faturamento anual de US$ 1 milhão. No cenário global, a expectativa é alcançar US$ 10 milhões até o fim do ano.
Foco em sustentabilidade, segurança e tecnologia de ponta
A Drivin tem investido em práticas sustentáveis e inovação tecnológica. Em parceria com a Carboneutral, a empresa lançou um Painel de Medição de Emissões para monitorar e compensar a pegada de carbono de sua frota na América Latina.
“Banco, avião, moto, bicicleta, trem, barco… todos os dias, levando do ponto A ao ponto B milhões e milhões de pacotes. Quando se pensa nisso, o impacto na pegada de carbono do nosso planeta é gigantesco. Esse processo representa um custo absurdo para as empresas, só para colocar um simples produto na prateleira”, explicou o Country Manager sobre a reflexão que levou ao investimento em ESG.
Além disso, o programa de gamificação Drivin Rewards incentiva os motoristas a adotarem comportamentos ecológicos, apoiando iniciativas de reflorestamento e redução de emissões de poluentes. “A Drivin surgiu com essa proposta de melhorar a experiência do cliente e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto no meio ambiente. Usamos algoritmos avançados que conseguem prever qual é a melhor maneira de entregar o produto, com menor custo e menos emissão de carbono”, conta o executivo.
Drivin quer ajudar marcas a otimizar a experiência do consumidor
Segundo Loyola, a logística para entregas em padarias, lojas de bairro e supermercados é muito complexa, pois deve permitir o funcionamento integral desses estabelecimentos, sem comprometer seus fluxos ao realizar as cargas e descargas. De acordo com o executivo, o algoritmo da startup entende essas particularidades, calculando as rotas e organizando a jornada do entregador para evitar que ele chegue a um restaurante na hora do almoço, por exemplo.
Além da logística para estabelecimentos, uma das preocupações é também com a experiência de compra do consumidor final. “Imagina, você compra algo e quer receber em um horário específico. A ideia de otimização é garantir que, em vez de esperar o dia todo, o cliente possa saber exatamente quando a entrega vai chegar, e assim ajustar a agenda conforme necessário”, afirma o executivo.
A startup, que foi fundada no modelo bootstraping, quer ajudar marcas a melhorar operações através de IA, A logtech proporciona uma redução significativa nos custos operacionais, com estimativas de até 30% de redução nos gastos e em 90% nos tempos de roteirização. Além disso, a Torre de Controle da startup conta com 100% de visibilidade da operação em tempo real e 100% de rastreabilidade das entregas.
Fazendo uso de algoritmos avançados e Inteligência Artificial (IA), o software Drivin é capaz de programar e planejar rotas de entrega, considerando por sua vez diferentes variáveis, como padrões históricos de tráfego, horários de coleta e locais de entrega. “A tecnologia que desenvolvemos é capaz de calcular rotas que ninguém pensou, otimizando o uso dos recursos de maneira que atenda à demanda, seja flexível e mantenha o impacto ambiental no mínimo. Essa é a essência do que fazemos: usar a tecnologia para solucionar problemas reais e complexos”, finaliza Loyola.
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